Momentos de terror na Rua Bela Vista

  • Márcio Pedro
  • 22/05/2014 06:05
  • Márcio Pedro
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Ontem de manhã por volta das 10 horas da manhã sai do trabalho e fui ao consultório da minha dentista no bairro Brasília marcar uma consulta, pois tinha perdido o numero de telefone do consultório. Dez minutos depois voltei para a empresa onde trabalho e no percurso parei na Rua Bela Vista próximo à panificadora Pingo de Ouro para comprar macaxeira a um ambulante que passava na rua. Desliguei o carro a cinco metros de distancia, e fui acompanhar o ambulante colocar minha mercadoria na sacola, neste momento, um cara de rosto magro, pele escura e estatura baixa,e à pé me apontou um revolver, e anunciou o assalto.

Nesse momento, tanto eu como o vendedor ficamos parado aguardando instruções do bandido, no que o mesmo me pediu primeiro meu relógio. – vamos fila da puta, me passa esse seu relógio, gritava. Com toda a paciência do mundo e fingindo dificuldade em tira-lo do pulso esperando que alguém percebesse e avisasse do assalto, ele apontou o revolver para minha barriga e chamou  um monte de palavrões pedindo pressa. Passei então o relógio, em seguida pediu meu celular, então passei um modelo lanterninha da empresa, ele ficou mais chateado ainda e me chamou de novo de fila da puta, e pediu o celular grande que ele estava vendo dentro do meu bolso. Ele (o assaltante) utilizou o carrinho de mercadoria como barreira entre eu e ele para não ficar muito próximo . Ele estava muito nervoso levantando e baixando a arma a todo o momento, no qual eu fiquei preocupado de ele disparar sem querer. Em seguida entreguei o segundo aparelho, nesse momento os moradores das casas começaram a surgir , ele percebeu e apontou o revolver para eles gritando para todo mundo entrar e fechar a porta, o que os mesmos fizeram imediatamente. Voltou-se novamente para mim e pediu minha carteira, eu a tirei do bolso já aberta informando a ele que iria tirar apenas meus documentos, e mostrando a ele o dinheiro que tinha dentro. Quando viu algumas notas de cinquenta reais ficou nítido no seu rosto grande interesse na grana. Nesse momento o ambulante nem se movimentava, nem falava nada, também em nenhum momento foi abordado pelo bandido.

 Na sequencia o meliante pediu a chave do meu carro, e pediu que eu andasse em sentido contrario sem olhar para trás, se não ele atiraria nas minhas costas. Atendi prontamente apavorado imaginando que ele poderia atirar de qualquer forma. Quando ligou meu veiculo um FOX prata placa MNL-7017 de São Miguel dos Campos, rapidamente passou um moto taxista, e eu pedi que seguisse aquele carro. Em um engarrafamento na frente, o assaltante teve que aguardar o trânsito movimentado para entrar na rodovia principal, foi quando nos o alcançamos. Passei do lado do meu carro e ele me viu e gritou de dentro do carro: Fila da puta tá me seguindo? Você vai morrer. Imediatamente, preocupado com minha vida e a do moto taxi pedi ao motoqueiro que saísse da zona de tiro para não sermos atingidos. Fui ao posto de combustível Jota Pinto e pedi ao gerente do posto que ligasse para a policia que eu seguiria meu carro, quando voltamos não o encontramos mais. Ele desceu no sentido posto Di van. O assalto durou em torno de 5 minutos e toda a perseguição durou 20 minutos e eu não consegui encontrar uma viatura para avisar.

Foi a primeira vez na minha vida que pensei em morar fora de Alagoas. Um sentimento de angustia, insegurança, impotência e raiva.