O que é Ideologia de gênero?

  • Márcio Pedro
  • 30/06/2015 08:49
  • Márcio Pedro
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Ouve-se a toda hora, nas redes sociais, no trabalho, na família, em grupos religiosos e na rua uma discursão acirrada sobre novas leis que estão tentando aprovar nas esferas federais até as municipais com o nome de Ideologia de Gênero, um conceito complicado de se entender, motivo esse para tantas discursões. Mas afinal o que é isso? Porque há pessoas do contra e a favor? O que muda se for aprovada? A resposta para essas perguntas pode ser  respondida como a devida falta de conhecimento sobre o assunto ou homofobia de fato.

Bom, para que entendamos de uma forma didática devemos inicialmente separar três conceitos que as pessoas insistem em unir e que na verdade são conceitos totalmente distintos. São eles: sexo, orientação sexual e gênero.

Sexo, segundo qualquer dicionário, refere-se a seres humanos com características opostas, onde são dotados de órgão sexuais reprodutores distintos, o macho com pênis, e a fêmea com vagina. Aliado a essas estruturas fisiológicas, há outras características que definem de forma visual um do outro como barba, corpo, feições mais delicadas para o caso da mulher e voz grossa para homens, além de muitas outras características.

Orientação sexual é o ato de recrutamento, muitas vezes apelativo com função carismática para que o indivíduo siga determinada doutrina, forma de vida, atitudes e/ou posição imposta por determinadas classes, grupos, costumes, culturas e/ou categorias criada pelos próprios indivíduos. O politico tenta convencer determinada pessoa influente naquela localidade para que o mesmo faça parte do seu partido e comungue do que ele segue. O pastor ou padre tenta convencer cada vez mais pessoas para o seu rebanho orientando de forma regulatória baseados da bíblia cristã, da mesma forma outras classes tentam convencer cada vez mais adeptos para seu nicho. A orientação sexual segue essa mesma regra, diferentemente de ideologia de gênero que está aquém de todas essas premissas humanas.

Gênero, para este caso é a identidade sexual que o individuo traz consigo desde seu nascimento, onde se define sua sexualidade, e é intrínseco ao ser. A cultura, as regras, a sociedade não conseguem mudar. Está no seu gene. Trata-se de indivíduos com diferenças sexuais em relação ao seu corpo, e que assumem a posição comportamental ditada pela consciência, em detrimento ao órgão sexual.

Exemplificando: Conheço pai de família que tem uma prole de filho, tem o sexo masculino (o pênis), a orientação heterossexual, mas o seu gênero é homossexual.

Conheço também uma criança do sexo masculino que o pai já não sabe o que fazer, pois ele prefere boneca em vez de carro. Corre junto com seus coleguinhas de forma delicada e se assusta com a agressividade de seus coleguinhas homens.

Tenho também um amigo de 40 anos que não fala em ter relação sexual com mulher nenhuma, mas tem uma química fantástica para atrair amizades com adolescentes do sexo masculino.

Para finalizar conheço uma aparente mulher que quando vira a aba do boné para trás, apresenta mais testosterona que qualquer lutador de vale tudo. E vive bem com isso, apenas receosa de se apresentar para a sociedade como ela verdadeiramente é.

O fato de interferências culturais e sociais não altera a consciência nem o modo de viver destas pessoas que tem um gênero sexual definido diferente do que a maioria acha como normal.

O fato dos homens escoceses usarem saias como vestimenta em seu país (cultura), não muda em nada o gênero masculino deles.

A calça jeans era usada apenas por homens, no momento da historia que as mulheres aderiram a esta também, não se transformaram em homens, pois seus gêneros não mudam. Eu posso usar cueca rosa e minha esposa calcinha azul e isso não muda em nada, nossos gêneros permanece o mesmo.

Caro leitor (a) você consegue agora agir de forma real como o sexo oposto ao seu? Claro que não, seu gênero não permite.

O pai da prole de filhos, citado acima, não vai deixar de ser pai, mas seu comportamento homo afetivo vai persistir, às vezes de forma contida (preso no armário) ou de forma plena quando as pessoas do mundo forem mais tolerantes, compreensivas e humanas para entender que gênero não se fabrica, se acolhe. É disto que a lei que está fazendo tanto burburinho trata em alguns pontos.