Rafael e Waleson dizem “NÃO” ao preconceito, e “SIM” à felicidade!

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  • 02/10/2011 12:00
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A primeira união estável homoafetiva na região metropolitana do agreste foi realizada há cerca de um mês em um dos cartórios de Arapiraca. Este ato que legalizou perante a justiça e a sociedade a união de dois jovens rapazes tem na realidade um significado muito maior do que o jurídico, ele traz a coragem de “brigar” por um novo formato de família.


Ao longo dos séculos o modelo de família “patriarcal” tolheu, privou, sufocou toda e qualquer iniciativa feminina. Mulher era sinônimo de submissão, e para conquistar a liberdade inúmeras batalhas foram travadas para que hoje, eu, Lourdes Rizzatto, esteja aqui falando em igualdade e respeito.


Conviver em um mundo onde judeus, nordestinos, pobres, negros, filhos bastardos, idosos, prostitutas, deficientes físicos, deficientes mentais, analfabetos, semi-alfabetizados e homossexuais são rotulados de forma preconceituosa mostra o quanto ainda há intolerância ao nosso redor.


O muito magro passou a ser anoréxico ou morto de fome, o obeso a ser tratado como baleia ou rolha de poço. O “bulling”, o preconceito e diversas outras formas de repúdio ao ser humano entrou nos lares de forma “sorrateira” e se instalou até no discurso dos mais esclarecidos.


Muitos não se permitem abrir os olhos para ver que ao nosso redor há diversidade. Por incrível que pareça, ainda é preciso pedir “respeito” para aquele que não pode se locomover, ou entender plenamente o que é dito, por alguma deficiência física ou mental, ou ainda, para quem professa sua religião, sua condição social ou sua opção sexual.


Rafael e Waleson, de forma “legal” disseram “SIM” ao amor e, na sexta-feira (30/09,) os rapazes celebraram com amigos e parentes, no salão de festas do Hotel Plaza, esta nova etapa na vida de ambos. O momento refletiu que o futuro está no minuto seguinte, onde a felicidade pode ser encontrada em uma mãe que é beijada pelos noivos, no abraço carinhoso de uma irmã, na alegria de amigos leais e no respeito, incondicional, à opção de vida de cada pessoa.