Ansiedade

  • Redação
  • 04/12/2012 09:09
  • Milliam Nascimento

Olá amigos leitores,

O tema do post de hoje é ansiedade. Nos dias atuais tem aumentado o número de pessoas que apresentam os mais variados tipos de dificuldades relacionadas à ansiedade.

Ansiedade é uma sensação comum a qualquer ser humano em todas as etapas da vida. É uma reação de defesa do nosso organismo e surge como uma resposta a uma ameaça desconhecida, interna, vaga ou de origem conflituosa e que pode ser interpretada como uma situação de perigo. Ela normalmente serve para preparar o individuo para enfrentar ou evitar tal ameaça.

Ela surge como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo ruim está para acontecer. Manifesta-se, muitas vezes, em um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar nossas tarefas. Pode afetar o físico, através de sintomas como mal-estar, dores, náuseas, e psicologicamente compromete desde a atenção até a memória.

É uma sensação semelhante ao medo. O que os diferencia é o objeto/situação. Enquanto o medo se manifesta a partir de uma situação ou objeto específico (medo de andar de avião, de assalto, de morrer, etc), a ansiedade muitas vezes tem como fonte uma ameaça imaginada ou desconhecida.

Esta sensação se caracteriza por um sentimento desagradável e vago de apreensão, frequentemente, acompanhado por sintomas físicos, como aperto no peito, transpiração, palpitações, dor de cabeça e leve desconforto abdominal.
Outra característica associada à ansiedade é a aceleração do pensamento em que a sensação de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento normalmente está presente.

A ansiedade se configura como uma resposta ao estresse do dia-a-dia. Enquanto nos primórdios da humanidade a preocupação do homem era em proteger-se e conseguir alimento, nos dias atuais a preocupação refere-se a uma infinidade de ameaças que tem um conteúdo mais abstrato. O homem continua preocupando-se com proteção e alimentação, mas há também a competitividade social e profissional, a segurança física e econômica, as perspectivas de futuro e uma infinidade de possibilidades e escolhas a serem feitas. As questões existenciais tem sido a fonte da ansiedade do homem contemporâneo.

A ansiedade torna-se patológica quando é uma forma de resposta inadequada, de grande intensidade e duração, sem motivos justificáveis ou que são desproporcionais. Outra característica importante é a dificuldade em tal preocupação, causando grande incomodo e inquietação.

A intensidade, duração ou frequência da ansiedade ou preocupação excessiva é claramente desproporcional ao evento estressor e a pessoa considera difícil evitar que essas preocupações interfiram na atenção e nas tarefas que precisam ser realizadas. A ansiedade patológica pode surgir sob a forma de síndrome do pânico, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias, e transtorno de estresse pós-traumático. Cada um desses transtornos tem características específicas e serão tratados posteriormente.

O tratamento da ansiedade tem como objetivo diminuir a intensidade dos sintomas e ajudar ao paciente a encontrar formas de lidar com os eventos estressores. Em muitos casos recorre-se à intervenção medicamentosa. Segundo muitos estudiosos, as psicoterapias comportamentais e cognitivas são de grande valia.

Os medicamentos auxiliam na redução dos sintomas e corrigem desequilíbrios orgânicos. A psicoterapia auxilia na busca pela conscientização da situação/problema e na adaptação/superação desta, onde o terapeuta estimula o paciente a aprender, aos poucos, a relaxar e controlar-se diante da situação que causa ansiedade.

Espero ter sido clara o suficiente sobre o tema!

Peço desculpas pela ausência de postagens. Tentarei mantê-los atualizados com mais frequência.

E como sempre deixo o espaço aberto para críticas, comentários e sugestões de temas.
Até mais!