As estratégias das campanhas políticas em Arapiraca estão crescendo a cada dia. O marketing se tornou essencial para os candidatos, principalmente os majoritários. Pude presenciar algumas ações novas e que surtem efeito para população.

Bandeirinhas, carros de som e panfletos são manifestações comuns, que acontecem toda campanha, mas é o algo novo, diferente, que mexe com a imagem do candidato. E é assim que encaro as ações realizadas pelo grupo de Célia Rocha.

Agora, nos sinais de trânsito e em diversas ruas da cidade, um grupo chamado de Pelotão 14 faz acrobacias, danças, anima os motoristas e pedestres. Tive a oportunidade de passar por um e registrar o momento. Achei interessante e acredito que todos os candidatos devem agira assim, com inovação e inteligência.

Diante da proposta elaborada pela “Equipe Célia Rocha” conversei com o publicitário James Darlan, marqueteiro da campanha. Em cinco perguntas, Darlan contou detalhes, falou a importância do marketing e escondeu o jogo quando questionado sobre novas ações.

Blog - A política feita hoje é a mesma de tempos atrás?

Darlan - A maneira de fazer política, assim como a própria política, vem evoluindo através dos tempos. O eleitor que antes vendia seu voto ou trocava por um saco de cimento, por exemplo, já tem a consciência que isso não faz parte da sua realidade. A importância de uma rua pavimentada, de uma boa estrutura de saúde e educação traz para ele e sua família benefícios que um saco de cimento não traz. Antes não se podia cobrar de um gestor uma boa administração, já que o valor de seu voto tinha sido quitado no momento em que recebeu o citado produto. O voto passa ser uma arma poderosa, o gestor que só promete e nada faz não se capitaliza eleitoralmente falando para atingir a consciência do eleitorado. Por outro lado os que realmente cumprem com o seu dever de gestor, construindo com a sociedade organizada as necessidades que a população de sua cidade, estado ou nação necessitam são credenciados a conseguir sé reelegerem em outras eleições.

Blog - O marketing político também evoluiu?

Darlan - Sim, antes tínhamos uma imensidão de ações, era permitido brindes como, camisas , bottons, cestas básicas entre outros artifícios para conquistar o voto. A justiça eleitoral sabiamente viu uma brecha onde o candidato que não tinha uma situação financeira desejável ficava impossibilitado de concorrer com este abuso de poder financeiro. Hoje temos uma limitação ao usar peças publicitarias como outdoor e as regras são mais rígidas em relação a tamanho de placas, localizações específica, além de uma restrição a gastos exagerados de campanhas.

Blog - Como contornar estas restrições já que a campanha necessita ser percebida pelo eleitor na hora de votar?

Darlan - Boa pergunta! A palavra magica é criatividade. Faço parte de uma equipe que aprendeu isso desde o primeiro momento que foi formada. É fácil para alguns fazer campanha política com muito recurso, mas na hora de trabalhar com pouco recurso a pessoa que nunca trabalhou assim, fica sem a noção de como agir. A tendência nesta hora é copiar o que já foi feito. Muitos marqueteiros possuem um script pré-elaborado de outras campanhas. Neste caso as ações nem sempre são assimiladas pelo eleitor de determinadas localidades, ou seja, uma campanha vitoriosa em uma determinada cidade pode ser uma campanha fracassada em outra. É preciso conhecer as peculiaridades de cada local para formatar uma proposta vitoriosa.

Blog - Como surgiu a ideia de inovar na campanha de Célia Rocha?

Darlan - Primeiro é uma honra para todo publicitário fazer campanha para uma pessoa como a Dr. Célia Rocha. Ela é como a gente da equipe costuma falar uma: "coca cola", no sentido de todos gostarem e não adianta falar. Ela é unanimidade em competência, carisma, disposição. Para a equipe foi fácil elaborar a campanha, foi só conversar com a população e vê a alegria que o povo fica quando ouve ou vê a Célia. Esta alegria foi à base para fazermos a campanha. Utilizamos cores simbolizando as diversidades de ideias. Criamos o pelotão 14, uma equipe de pessoas que tem a função de divertir e passar a mensagem de paz e alegria; eliminamos a função das bandeirinhas, pois achamos que é um trabalho degradante e humilhante vê pessoas ali o dia todo segurando uma bandeira às vezes sem nem saber pra quem. Outro ponto foi criar um jingle animado falando de coisas boas. Nossas peças são coloridas e vibrantes. A partir daí pensamos - temos todas as cores em nosso favor porque utilizar só uma?”.

Blog - Mais novidades por aí?

Darlan - (Risos) Muitas, mais isso é segredo. Aguarde mais ações no decorrer da campanha!