Perigosa moeda de troca política

  • Redação
  • 25/08/2011 08:42
  • Blog do Firmino

Em recente artigo escrevi que o caminho para o Brasil e para os brasileiros saírem deste estado desolador de caos na educação, na cultura, na saúde e, de forma mais agravada, na segurança publica, é o caminho da educação. Um povo bem educado e portador de uma boa base cultural, religiosa e, sobretudo, ética é um povo que garante a existência de um Pais moderno e dinâmico no seu desenvolvimento, onde todos têm oportunidades iguais e perspectivas de viver bem e vencer na vida, dependendo apenas da inteligência e da capacidade de trabalho de cada um.
Estou certo de que o desejo da maioria da população brasileira, que hipnotizada assiste passivamente esse caos se aprofundar, é exatamente o contrario. Acredito que os brasileiros que querem transformar o Brasil num país de poucas pessoas honestas, ordeiras e trabalhadoras passando a ser, quase que em regra, um País de corruptos, ladrões da coisa publica e privada, depredadores do patrimônio do povo e das suas esperanças, são poucos, entretanto são detentores de importantes cargos de mando no mundo político o que os tornam perigosos e quase invencíveis.
Já me detive em analises empíricas, procurando descobrir o verdadeiro motivo que tem empurrado o nosso País, principalmente nestes últimos anos, para o caminho da desordem, do descontrole administrativo na gestão publica, do abandono da decência e do respeito à ética e a moral, chegando à conclusão de que os grandes responsáveis por isso são os nossos políticos e a forma vergonhosa como se faz política partidária eleitoral no Brasil.
Para a maioria dos políticos e das suas incontáveis agremiações partidárias, na política vale tudo para se ganhar uma eleição. Mentir desavergonhadamente é a principal regra, a compra de votos, a corrupção desmedida, o uso de métodos e artifícios terroristas e o assassinato de adversários são praticas de certa forma comuns, no exercício da política partidária nacional, objetivando-se ganhar o pleito, principalmente se se tratar de um mandato no Poder Executivo.
Eleito o político com o emprego do método criminoso acima descrito e devidamente empossado, inicia-se a etapa seguinte desse projeto marginal de dilapidação da coisa publica e dos bons e saudáveis costumes de decência, honradez e honestidade. Abre-se o balcão de venda e troca de favores e cargos públicos, onde tudo é permitido e a libertinagem promiscua substitui a ética e amplia o espaço desse território marginal da política partidária brasileira.
Ministérios e Secretarias de Estados e Municípios transformam-se em importantes moedas de troca política. Pastas como Educação, Saúde e Segurança Pública, são essas importantes moedas de negociações e, como tal, servem para pagamentos de votos comprados e de apoio parlamentar para o exercício do mandato adquirido. Por sua vez, a escolha dos ocupantes dessas pastas dá-se, com as exceções devidas, em obediência a um critério único o da vassalagem incondicional em detrimento do conhecimento técnico comprovado e da honradez e honestidade do escolhido.
É assim que a gestão publica brasileira, no âmbito do Poder Executivo, vem sendo praticada e como resultado desse desastre, temos hoje um País de poucos políticos confiáveis e de um povo que abomina a pratica política vigente, mas não manifesta desejo de reação capaz de mudar o seu rumo. Vivemos, enfim, num País onde sua gente sofre com a falta de assistência médico-hospitalar de qualidade e em quantidade para atender a todos, onde a segurança pública é uma “gambiarra” mal feita e vergonhosa, que nenhuma segurança garante. Vivemos, pois, num País onde a educação tem sido maltratada, sucateada e abandonada pelos gestores públicos, o que põe em risco o presente e o futuro desta Nação.
Está na hora do povo brasileiro fazer valer a sua força de trabalho e a sua força política eleitoral. Está na hora de reagir e essa reação somente será eficaz se for através do caminho democrático de pleitos eleitorais honestos, onde se tenha a certeza de que os melhores foram escolhidos e a vontade do eleitor, em relação ao seu voto, foi respeitada. Para que tenhamos a mudança desejada por todos, não podemos abandonar o nosso poder de indignação, com o estado deplorável de coisas que estão acontecendo no nosso País. Está, portanto, na hora do povo brasileiro sair do berço esplêndido e defender, com orgulho, a pátria amada das ações marginais dos maus políticos deste País.