Governo e entidades definem compromissos para revitalização da cultura do arroz

  • Redação
  • 07/08/2011 15:19
  • Política

As entidades envolvidas na cadeia produtiva do arroz assumiram compromissos para a revitalização da cultura e apoio aos produtores, durante reunião ocorrida nesta sexta-feira (5), no Palácio República dos Palmares, em Maceió.

O encontro foi promovido pelas Secretarias de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) para definir ações de gestão e estratégia de desenvolvimento da rizicultura, bem como para iniciar as discussões sobre a formação de um Arranjo Produtivo Local (APL).

Em cerca de 30 dias, será firmado um termo de cooperação entre as entidades, mas já ficou encaminhado que o Governo do Estado, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e representantes dos produtores, vai definir o modelo de assistência técnica a ser adotado.

“Os bancos vão fazer um levantamento das linhas de crédito para o plantio do arroz, das pendências e de como elas serão resolvidas. Também definimos a responsabilidade da indústria, que vai adquirir a produção para beneficiar em Igreja Nova”, citou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.

Ele também ressaltou que o Governo vai distribuir sementes aos agricultores para garantir a safra de arroz no período 2011-2012. “Todos os anos nós fazemos essa distribuição e com sementes de qualidade. A semente para este ano já está comprada”, avisou Dantas.

Ainda na reunião, o presidente do Grupo Santana, Ivanilson Araújo, explicou que a Unidade de Beneficiamento de Arroz (UBA) instalada em Igreja Nova está sendo modernizada para que possa competir no mercado nacional. “Estamos recuperando a indústria e acreditamos que até dezembro ela entrará em funcionamento”, pontuou ele.

O secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Keylle Lima, reforçou a importância em desenvolver a rizicultura como forma de promover a inclusão produtiva na região do Baixo São Francisco. “A equipe da Seplande também está à disposição para discutir a concessão de incentivos fiscais e creditícios à UBA dentro dos parâmetros legais”, afirmou ele, salientando que o arroz produzido pelos rizicultores deverá ser de qualidade para que possa atender às exigências do mercado.

“Inicialmente, vamos buscar o mercado no Nordeste. Para isso, é importante que os agricultores tenham acesso à assistência técnica e também à tecnologia para aumentar a produtividade, pois assim eles vão obter mais renda”, destacou também o presidente do Grupo Santana.

Para o agricultor Manoel Mateus, da região de Boacica, em Igreja Nova, a indústria local poderá comprar o arroz por um preço melhor do que o recebido na venda do produto para outros estados. “Um problema é o pagamento aos bancos: o agricultor fica com a dívida ou porque sobrou arroz ou porque ele perdeu uma parte da produção e isso precisa ser resolvido”, disse.

Também como parceiro da cadeia produtiva do arroz, o Sebrae/AL vai oferecer capacitação em gestão da unidade produtiva e promover o acesso à tecnologia e inovação, segundo afirmou o superintendente Marcos Vieira.