A reunião da Executiva Nacional do PT, nesta quinta-feira, terminou sem que a cúpula do partido tomasse uma posição clara sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, cujo patrimônio cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010. Embora os discursos oficiais continuem ao lado do ministro, não houve nenhuma moção de apoio ao braço-direito da presidente Dilma Rousseff. O discurso é de cautela até que as explicações sejam mais claras.

O presidente do partido, Rui Falcão, diz ter conversado com o ministro e ouvido promessas de esclarecimentos: Palocci alegou ter repassado todas as informações necessárias à Procuradoria Geral da República e afirmou que vai se defender publicamente em breve: “Em uma data próxima, ele vai se manifestar na imprensa a respeito de suas consultorias”, disse Falcão. “A Executiva não entrou no mérito da questão”, concluiu.

O dirigente petista manteve a defesa do ministro e disse que as acusações não prejudicam o funcionamento do governo. Apesar disso, são cada vez mais fortes as pressões para que o ministro justifique sua atuação – ou deixe o cargo de vez.

Mais cedo, o secretário de Comunicação do partido, André Vargas, havia defendido que o ministro viesse a público dar explicações para o caso e tentar diminuir a intensidade da crise que se instalou no Planalto.