“Oxênte, aquele é o deputado? Tá diferente da última vez que falei com ele. Foi há quatro anos, na eleição passada. Vou esperar ele vir pedir meu voto de novo”.

Esta foi uma colocação de um eleitor na praça Marques da Silva, em Arapiraca, sábado passado.

“Deixa ele vir pedir voto outra vez que vou mandar esse sacana para um certo lugar”.

Reação de um eleitor na praça da Independência, em Palmeira dos Índios, ao se deparar com um deputado estadual que pedia voto, na última segunda.

“A culpa dos roubos praticados pelos políticos é nossa, já que nós os botamos lá”.

Comentário de um passageiro de Van que fazia a linha Arapiraca-Palmeira dos Índios, segunda feira pela manhã, em bate-papo com outras cinco pessoas a respeito da eleição deste ano e do escândalo da Petrobrás.

Esses comentários em lugares diferentes, mas com o mesmo teor de revolta, retrata uma realidade nua e crua do Brasil. Não é só Alagoas que vive essa tragédia de caráter, mas devemos nos reportar ao nosso Estado, onde vivemos e temos a obrigação de zelar por ele.

Não adianta ficar se culpando pelo voto errado que você deu há quatro anos. O importante é não errar mais e mandar para as “cucuias” os políticos que só sabem defender seus interesses pessoais, tirando-lhe o mandato. E podemos começar a fazer isso no dia 05 de outubro.

É dever e direito do cidadão consciente mostrar para os eleitores que desconhecem a importância do voto, seu valor e o que ele representa para uma família, para o Estado e para o Brasil.

É salutar a reação de muitos desses eleitores ao serem questionados a respeito do valor do voto, pois eles vivem em um mercado negro, com alto índice de violência a cidadania. Para eles, tanto faz votar por R$ 50 ou por uma garrafa de pinga. Menos, votar pelo direito de suas famílias.