Cinco dos sete presos na operação realizada na manhã desta quinta-feira (01) no Bairro Manoel Teles estão sendo ouvidos por três delegados na Central de Polícia. Os homens são acusados de formação de quadrilha, tráfico de drogas e grupo de extermínio.

Os delegados Ferando Mustosa, na 54° DP, Antonio Henrique, na 52º DP, e Valdecks Pereira, na 55° DP, estão recebendo depoimentos de Márcio Francisco, José Cícero Barbosa Rodrigues (ex-policial militar), Francisco José da silva, o Moesio (funcionário do IML de Arapiraca), José Claudio Ciqueira Santos, o Dedé, e Emidio Valério filho, conhecido como Tenório, esses dois últimos considerados o “cabeça” da quadrilha.

De acordo com o delegado Valdecks Pereira, os acusados estão sendo ouvidos separadamente e que nesta sexta será divulgado todo balanço da Operação Piptadênia (um género botânico pertencente à família Fabaceae / pertencente a família da árvore Arapiraca).

Sem disparos

O juiz Luiz Vasconcelos, um dos responsáveis pela Operação Piptadênia, contou a imprensa que durante o cumprimento dos mandados de prisão e apreensão nenhum dos policiais efetuaram disparos de arma de fogo, mesmo com um capitão do Bope e uma policial da Força Nacional terem sidos alvejados por tiros.

“Foram 80 homens durante esta operação. Mesmo tendo sido recebido a tiros, os policiais não atiraram e conseguiram desarmar e prender os acusados. Muitas vezes a polícia é tão criticada pela forma ostensiva que aborda as pessoas e dessa vez conseguiu prender os envolvidos sem atirar em ninguém”, falou o magistrado.

Entenda

A operação foi realizada por integrantes da Policia Militar, Bope, Instituto de Criminalística e Força Nacional, onde cumpriram vários mandados de prisão e apreensão, determinados pela 17ª Vara Criminal, de combate ao Crime Organizado, e do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público Estadual (Gecoc/MPE).

Em uma das abordagens, houve troca de tiros entre um dos traficantes e a polícia e dois policiais ficaram feridos com tiros de raspão. Um capitão do Bope conhecido como Gondim e uma policial da Força Nacional foram atendidos e liberados.

A polícia apreendeu uma balança de precisão, dois quilos de maconha e um quilo de crack. Já de posse dos acusados estavam diversos materiais de uso da polícia, como: duas balas clavas, oito armas, sendo quatro pistolas e quatro revolveres; e munições de calibre 38, 360 e 9mm; e aparelhos celulares e dez pacotes de cigarro.

Dos 19 mandados de prisão e apreensão, apenas um não foi cumprido. Um dos acusados conseguiu fugir por um matagal no momento em que a polícia invadia o Manoel Teles. Diligencias estão sendo feitas para encontrar o acusado.