Menor conta que mãe pediu socorro antes de ser morta
- Redação
- 10/08/2011 23:31
- Polícia
O delegado Robério Ataíde, responsável pela investigação do incêndio que terminou na morte da professora Claudenice Oliveira Pimentel, conhecida como Denia, ouviu nesta quarta-feira (10) a menor Kerolly Oliveira Pimentel, 14 anos, filha da educadora e sobrevivente do incêndio. O depoimento aconteceu na Unidade de EMergencia do Agreste, onde permanece internada.
A adolescente acusou o padrasto e cabo da Polícia Militar, José Cabral do Nascimento, 49 anos, de ter assassinado sua mãe e tentado a enforcar com um cordão. De acordo com a menor, sua mãe e seu padrasto foram a igreja por volta das 19h30 e chegaram em casa perto das 22h.
“Ela contou que tudo estava tranqüilo e que havia dormido quando escutou a mãe pedindo socorro e pedindo para o militar parar o que estava fazendo. Depois, antes que fosse olhar o que tinha acontecido, Cabral pediu que Kerolly o ajudasse a achar um remédio para mãe, quando foi surpreendida com a tentativa de enforcamento com um cordão. Ela disse que não lembra de mais nada, apenas de um liquido quente entrando em sua perna”, disse o delegado em entrevista a reportagem do Minuto Arapiraca.
Nesta quinta, Robério Ataíde escutará o acusado na ala de queimados do Hospital Geral do Estado, em Maceió, onde ele está internado. O delegado explicou que após esse depoimento concluirá o inquérito e ainda na sexta entregará a investigação para o Ministério Público – dono da ação penal.
“Já ouvi seis testemunhas e todas foram fundamentais para o esclarecimento do crime. Algumas delas contou que o Cabral não ajudou as vítimas, outras que ele chegou em casa com garrafões, que provavelmente eram onde estava o combustível usado no incêndio. Já que vou a Maceió, vou aproveitar para pedir pressa no laudo do Instituto de Criminalística. O crime está esclarecido. Não tenho dúvida que o Cabral teve participação direta”, concluiu.
A reportagem do Minuto Arapiraca teve acesso a uma foto tirada na Unidade de Emergência três dias após a entrada da menor na UTI. Na imagem, pode-se ver a marca do cordão no pescoço. Para preservá-la, colocamos o rosto fosco.
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