Militar é acusado de provocar incêndio que matou professora

  • Redação
  • 03/08/2011 05:17
  • Polícia

Populares ligaram na madrugada desta quarta-feira (03) para o Copom e o Corpo de Bombeiros de Arapiraca informando que uma residência localizada na Rua Manoel Leal, 364, no bairro de Cacimbas, estava pegando fogo. No prédio funcionava a Escola Rosa Pimentel, anexo da Escola Municipal Crispiniano Ferreira de Brito.

Ao chegar no local os Bombeiros acharam o corpo de uma mulher identificada como Claudenice Oliveira Pimentel, conhecida como Denia, professora da escola Djalma Matheus Santana, logo após encontraram uma pessoas ferida com gravidade, Keroly Oliveira Pimentel, 14 anos, filha da mulher morta. A menor estava com sinais de estrangulamento e vomitando gasolina.

Vizinhos e a família da vítima acusam o cabo da Polícia Militar, José Cabral do Nascimento, 49 anos, esposo da vítima, que chegou na Unidade de Emergência com queimaduras no peito e na face de ter provocado o incêndio. No local, também estavam dois carros – uma S10 e um Siena, que foram carbonizados.

Segundo relato de um vizinho, por volta das 0h20, moradores próximo ao local perceberam o fogo e arrombaram a porta, foi quando José Cabral saiu com queimaduras pelo corpo. Perguntado onde estava à esposa e a filha, o militar teria informado que estavam trancadas na residência, que funciona no primeiro andar do prédio. A estrutura da residência está danificada.

Ainda de acordo com testemunhas, assim que saiu de casa, o militar “fugiu” em uma moto e só depois de 40 minutos chegou o Corpo de Bombeiros, que subiu no prédio e descobriu a menor ainda viva. O incêndio conseguiu ser controlado, mas a professora Denia não resistiu e morreu.

Pela manhã, o Instituto de Criminalística esteve no local e relatou que se tratava de um crime provocado pela gasolina. O corpo de Denia já foi levado para o Instituto Médico Legal.

O último relatório médico da UE do Agreste informou que o cabo da Polícia Militar, José Cabral do Nascimento, está em observação, mas não corre risco de morte. Já a menor Keroly Oliveira também está em observação, mas expira cuidados médicos.

De acordo com informações, o casal estava enfrentando uma crise conjugal há algumas semanas. “Eram brigas constantes, gritos e até agressões. Sempre ouvíamos coisas. Na semana passada, após uma briga, ela (Denia) disse que só saia de casa morta e foi o que aconteceu”, relatou uma vizinha.