Temos o que comemorar, diz Marcilio Barenco

  • Redação
  • 26/06/2011 01:24
  • Polícia

Neste 25 de Junho, a Polícia Civil de Alagoas completa 36 anos de existência. O momento deve ser de celebração, agradecimento, reflexão, planejamento e recomeço.

O ciclo desta nossa segunda “família” é renovado a cada dia, a cada instante.

Os policiais civis hoje presentes, podem sequer estar daqui a pouco, face o dever permanente de enfrentar o perigo.

Assim, seremos sempre lembrados pelo que fizemos, e o que deixamos de fazer. A expressão “ação contra o crime” representa a função típica do Policial Civil. Decorre daí, a formação de uma verdadeira irmandade voltada ao combate daquilo que pior a sociedade estratifica de seus integrantes: a criminalidade.

Juntos, temos a árdua missão Constitucional de representar a “mão” do Estado que reprime. Desta forma, o policial civil segue sua tarefa percorrendo uma tênue linha entre a legalidade e a ilegalidade, onde alguns, durante suas carreiras, infelizmente não conseguiram equilibrar-se.

Todavia, temos integrantes de valorosa formação, íntegros, de caráter irretocável, abnegados, responsáveis, destemidos, que com honradez, denodo e afinco, exercem sua missão institucional de servir à sociedade.

Ser policial é sonho de criança transformado em dura realidade do mundo adulto, cujos riscos serão assumidos por poucos. Abdica-se de tudo, em troca de pouco. A justiça é a principal aspiração profissional que qualquer Policial Civil busca com sua atividade-fim, ainda que em estado de permanente risco pessoal.

“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado”, ensinava o grande brasileiro Rui Barbosa.

E Teôtonio Vilela, o Menestrel das Alagoas, tão grande qual, arremata: “Os governos temem errar, e erram, muito mais porque não ousam acertar”.

Advém daí, a necessidade de nossa recorrente organização institucional, voltada única e exclusivamente na repressão de ilícitos penais, dando-se instrumentos capazes, mínimos e indispensáveis para que o Policial Civil possa exercer suas funções constitucionais.

Nesses pouco mais de três anos, avançamos substancialmente na organização administrativa-funcional.

A Gestão Administrativa e Financeira, através de suas Gerências, foi fundamental.

A nossa Comissão de Licitação hoje é referência no Estado de Alagoas pela estrita legalidade, competência e agilidade.

Na Academia de Polícia Civil tivemos a reorganização de cursos e palestras, com profissionais dativos da própria instituição e de outros segmentos da Segurança Pública, Poder Judiciário, tanto da esfera estadual como federal, além de Instituições de ensino, a exemplo da UFAL.

Inovamos com a abertura de canais de comunicação com a sociedade alagoana, através da implantação de nosso site oficial, canal direto “Fale com o Delegado Geral”, denúncia anônima on-line, pesquisa de satisfação, encontros com a sociedade em audiências públicas e institucionais, dentre outros.

No combate a criminalidade, tivemos inúmeros avanços, com esclarecimento integral dos crimes de extorsão mediante seqüestro e responsabilização criminal de infratores.

No setor de inteligência e operacional, tivemos o reaparelhamento com recursos próprios, e adquirimos o Sistema Guardião – semelhante ao utilizado pelas mais modernas polícias do país.

A Polícia Civil possui hoje transparência e fidedignidade nos números estatísticos de análise criminal.

Instalamos o inovador serviço de Identificação Criminal – AFIS-Criminal, voltado à formação de um banco de dados nacional, capaz de armazenar informações biométricas e qualificações pessoais dos autores de infrações penais de natureza grave.

Criamos a DEIC – Divisão Especial de Investigação e Capturas –, a SERB - Seção Especial de combate a Roubo a Banco - e reativamos a Delegacia de Homicídios de Maceió que trouxeram avanços na repressão e apuração de ilícitos penais.

Hoje, a Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas dispõe de uma sede própria, com a cessão pelo governador Teotonio Vilela Filho, de prédio amplo no bairro de Jacarecica.

Implantamos as Centrais de Polícia de Maceió e Arapiraca – uma inovação que vem dando certo, inclusive com a melhoria do atendimento à sociedade e o oferecimento de condições dignas de trabalho ao nosso quadro de pessoal. Mais uma Central deve entrar em funcionamento, em breve, na Capital.

Igualmente, nesse período, foram criadas duas Casas de Custódia em Maceió e outra em Arapiraca. Com isso, as carceragens das delegacias de polícia da capital e região metropolitana, bem como, daquela cidade do Agreste foram desativadas e os policiais civis passaram a desenvolver, exclusivamente, a sua atividade-fim: a investigação.

A nova Lei Delegada já nos autorizou a criar mais três Delegacias de Repressão ao Narcotráfico (DRNs) em cidades pólos do interior do Estado. Elas se juntarão à DRN de Maceió, no trabalho de combate ao tráfico de drogas – o grande mal que assola hoje a humanidade.

Já estão avançados também os projetos de instalação das Delegacias de Combate aos Crimes Contra o Meio Ambiente, das Minorias, e de Proteção ao Turista.

Várias delegacias de polícia foram recuperadas, com recursos próprios ou em parcerias com os municípios. E já estão em fase de conclusão as obras de reforma de 19 delegacias na Grande Maceió, um projeto financiado pelo Banco Mundial.

Dotamos a Corregedoria Geral de Polícia Civil, dos instrumentos mínimos indispensáveis às atividades de correição e fiscalização.

A nossa credibilidade institucional está demonstrada, também, devido a planejamento orçamentário e financeiro sólido, dentro dos ditames licitatórios indispensáveis, e das leis de responsabilidade fiscal.

Estamos conscientes da nossa carência de efetivo e, por isso, encaminhamos ao governo a proposta de realização de concurso público para preenchimento de vagas de Delegado, Agente e Escrivão de Polícia.

Entendemos que a Polícia não pode, não deve e não é algo isolado. Ela faz parte, e é parte do tecido social. É por isso que, nesta oportunidade, agradecemos a todos que compartilham dos nossos ideais e auxiliam para que nossos sonhos se transformem em realidade.

Reitero a satisfação pela passagem de mais um aniversário da Polícia Civil de Alagoas, compartilhado com todos os Delegados, Agentes e Escrivães que a integram, e que assim como eu coadunam do pensamento de implementar ações e trabalho que cada vez mais venham a honrar e dignificar nossa valorosa Instituição policial.

Encerramos essa mensagem com um pensamento do grande Albert Einstein: “Algo só é impossível até que alguém duvide, e acabe provando o contrário”.