“Só temos o BO. Não existe nada sobre o PCC”, afirma delegado

  • Redação
  • 02/06/2011 14:48
  • Polícia
Igor Castro
Delegado Robério Ataíde
Delegado Robério Ataíde

O delegado Roberio Ataíde, responsável pela apuração da chacina que vitimou quatro pessoas dentro de uma oficina no Bairro Canafístula, em Arapiraca, no último dia 18 de maio, contou em entrevista a reportagem do Minuto Arapiraca que ainda não existe nenhuma indicação de que as vítimas seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo o delegado, que também é vereador no município, as investigações estão paradas devido à greve da Polícia Civil. “Não tem como sabermos se eles fazem parte do PCC ou não. A única coisa que temos é o Boletim de Ocorrencia registrado no dia da chacina”, explicou.

Robério Ataíde informou também que Marcondes dos Santos, o Neguinho, teve uma melhora no seu estado clinico na Unidade de Emergência. “Estamos querendo que ele se recupere totalmente para que ele possa contar alguma coisa. Ele já abriu os olhos e agora vamos aguardar uma melhora”, disse.

“As famílias serão ouvidas, mas apenas quando a Polícia Civil voltar da greve. Ainda não sabemos nada sobre o crime, qualquer informação sobre vingança, PCC ou qualquer outro fato relacionado com o caso só poderemos falar depois”, completou Ataíde.

A chacina

Uma oficina que estava sendo investigada pela polícia de Arapiraca, como suspeita de ser um ponto de desmanche de veículos, foi palco de uma chacina que deixou quatro mortos e um ferido no último dia 18 de maio, no bairro da Canafístula.

Quatro homens, sendo dois em um Fiat Siena e outros dois numa moto que dava cobertura, chegaram ao local. Dentro da oficina morreram quatro pessoas - Emerson Davi Fernandes dos Santos, 25 anos, natural de Maribondo, e Valdir Bezerra dos Santos, 26 anos, de Tanque D'arca, além de outros dois jovens ainda desconhecidos. A quinta vítima, o Neguinho, foi encaminhada ainda consciente para a Unidade de Emergência do Agreste.