Policiais Militares da reserva na expectativa por convocação do governador

  • Redação
  • 21/05/2011 07:39
  • Polícia

O anúncio do governador Teotonio Vilela Filho de que 800 policiais da reserva seriam chamados para serviços administrativos e para trabalhar na guarda do patrimônio público, como parte das ações do Programa Estadual contra a Criminalidade, ainda não foi feito oficialmente aos militares, que não sabem quais serão os critérios para a convocação.

O reforço custaria R$ 550 mil aos cofres públicos. Segundo o governo essa foi a forma encontrada para aumentar o policiamento de forma imediata, sem comprometer a folha de pagamento. Além disso, a Secretaria de Gestão Pública estaria avaliando a viabilidade de concursos públicos para as Polícias Civil e Militar.

Segundo o presidente da Associação dos Praças da reserva, sargento Guimarães os militares estão em dúvida sobre o percentual oferecido em cima da remuneração de soldados a 1° sargentos, que seriam convocados. Ele afirmou que o governo poderia oferecer um percentual único, independente da patente do militar.

“Ainda não recebemos nenhum ofício sobre esse assunto, mas esperamos que não haja diferenciação no percentual entre soldados e sargentos. Se um soldado receber 50% e um sargento 30% o primeiro vai ter mais vantagem e acredito que o resto da tropa não vai achar justo”, afirmou.

Questionado sobre o desejo dos militares que estão na reserva de voltarem à ativa, já que muitos ainda trabalham fazendo segurança em estabelecimentos privados, o sargento explicou que há diferenças entre trabalhar em um local onde existe uma flexibilidade de horários e no serviço militar.

“O militar da reserva que voltar vai trabalhar no mesmo regime dos demais policiais, tendo que cumprir expedientes e ordens do quartel. Já no bico o policial pode ganhar R$ 1000 e acertar o horário de serviço com o proprietário do estabelecimento, tendo mais liberdade”, destacou.

Sobre a viabilidade da convocação dos policiais da reserva ao invés da realização de concurso público Guimarães contou que há dois anos o antigo comandante da corporação, coronel Dalmo Sena prometeu avaliar a questão e conversar com o governador sobre a necessidade de aumentar o contingente.

“Passou esse tempo todo e nada mudou. Acho que o governador quer convocar esses militares por causa da pressão dos servidores e também para poupar quem está na ativa, enquanto não faz concurso. Se os convocados fossem ter um acréscimo de 80%, o que é pago aos policiais que trabalham na ALE e nos demais gabinetes militares, a aceitação poderia ser melhor”, ressaltou