Alagoana que abandonou filha em caçamba de lixo é denunciada

  • Redação
  • 17/05/2011 06:58
  • Polícia

O Ministério Público ofereceu, na última sexta-feira (13), denúncia (acusação formal à Justiça) contra a alagoana Rosineide de Sales Lins, acusada de abandonar sua filha recém-nascida em uma caçamba de lixo, na Praia Grande, na noite de 18 de abril.

A criança abandonada, uma menina, foi encontrada pouco depois por um catador de reciclados, que pediu auxílio e, com isso, possibilitou socorro médico ao bebê. A menina ficou internada na UTI por alguns dias, mas sobreviveu.

O promotor de Justiça Fernando Pereira da Silva denunciou Rosineide por tentativa de homicídio qualificado (recurso que impossibilitou a defesa da vítima), com a circunstância agravante de o crime ter sido cometido contra descendente.

A Promotoria pede, na denúncia, que Rosineide seja processada e submetida a julgamento por júri popular. Foram arroladas sete testemunhas de acusação.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o juiz da Vara Criminal da Praia Grande, Vinícius Peluso, negou nesta sexta-feira (13) o pedido de renovação da prisão temporária da mulher que abandonou um bebê em uma caçamba de entulho nesta cidade da Baixada Santista. D

O caso

Rosineido de Sales Lins é alagoana. A notícia chegou até o estado, após a exibição de uma matéria especial, no programa Domingo Espetacular, na Rede Record, na noite deste domingo (25).

Rosineide de Sales Lins, 39 anos, trabalhava numa clínica de repouso há mais de 10 anos e teve sua prisão temporária decretada pela justiça, após ter sido entregue à polícia pela sua patroa. Neide, como é conhecida em São Paulo, tem seis filhos, mas nunca foi casada.

Para a reportagem da Record, a ex-patroa de Rosineide, disse ela já teria tentado se livrar de um bebê antes. Na época, Neide teria sido surpreendida tentando afogar o próprio bebê no vaso sanitário há 13 anos.

A caçamba de lixo onde a criança foi jogada fica localizada na mesma Rua da clínica. A dona da clínica disse ainda, que durante os noves meses de gestação de Neide nunca desconfiou da gravidez, já que a empregada não apresentava nenhum sintoma.

O pai da criança é um vigia de 57 anos, que também trabalha na mesma clínica. Ele também confirmou que não foi procurado por Neide para falar sobre a gravidez e que ficou espantado quando soube do fato, através da imprensa.

Para Polícia, Neide disse que sofre de depressão pós-parto, e, alegou não ter condições financeiras de cuidar do bebê por ganhar R$ 600 mensais.