Escolas apresentam pesquisas no Pará e Pernambuco

  • Redação
  • 20/09/2012 15:24
  • Cidade

Seis pesquisas nas áreas de Química e Biologia desenvolvidas pelas escolas estaduais Izaura Antônia de Lisboa, de Arapiraca, e Nossa Senhora da Conceição, em Lagoa da Canoa, vão representar Alagoas em dois eventos científicos de grande porte no Norte/Nordeste, a Movimento Científico do Norte-Nordeste (Mocinn), no Pará, que teve início nesta terça-feira (18) e prossegue até o dia 21, e a Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia (Fenecit), em Recife, Pernambuco, que ocorre de 18 a 22 do corrente mês.

Participam do Moccin as pesquisas sobre a obtenção de corantes naturais azul e amarelo a partir dos frutos do jenipapo, que recentemente foi apresentada no Fórum Científico Juvenil em Londres; estudo sobre o uso da folha da taioba para o combate ao mosquito da dengue; utilização da erva Costus spiralis (Cana-de-Macaco) no tratamento de cólicas renais e a obtenção do corante natural extraído das flores vermelhas do hibisco. As três primeiras são desenvolvidas na Escola Izaura Antônia de Lisboa, enquanto a última é realizada na Escola Nossa Senhora da Conceição.

A unidade de ensino de Lagoa da Canoa também encaminhou mais duas pesquisas para a Fenecit de Recife: uma sobre a produção de carrapaticida natural à base de plantas, orientada pela professora de Biologia Heloisa Gracindo e outra sobre o uso da semente da moringa no tratamento da água, orientada pela professora de Química Nadja Souza – que também coordena os quatro estudos que serão expostos no Pará.

Estudo

Antes de embarcar para o Pará, o grupo de estudantes alagoanos que participará do Moccin se reuniu com o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Adriano Soares. Na ocasião, conheceu um pouco sobre os projetos que serão expostos na mostra e reiterou o apoio da Secretaria às pesquisas desenvolvidas nas escolas.

Anteriormente, os estudos feitos pelas duas escolas foram expostos em mostras científicas de renome nacional e internacional, a exemplo da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), da USP; da Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo (RS), e do Fórum Científico Juvenil de Londres.

“Para nós da Secretaria da Educação, ver estes projetos expostos em eventos científicos de grande porte é gratificante, pois mostra a qualidade das pesquisas desenvolvidas nestas escolas. Temos excelentes alunos e professores na rede pública estadual”, afirma o secretário.

Dedicação

O grupo de estudantes também não escondia o entusiasmo pelo reconhecimento alcançado pelos projetos. Pela primeira vez participando de uma pesquisa científica, José Anderson de Farias, 15 anos, aluno do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Izaura Antônia de Lisboa, de Arapiraca, destaca as qualidades medicinais do uso da planta cana-de-macaco.

“A planta também pode ser usada no tratamento de diabetes, cólicas menstruais e muitas pessoas já nos disseram que ficaram curadas do cálculo renal depois de usá-la”, explica o garoto.

Mais experiente, pois já participou de duas mostras científicas, Afonso Pereira, 17 anos, que está no 3º ano do Ensino Médio, conta que, nos últimos meses, se dedicou a ampliar e aperfeiçoar pesquisa sobre o uso da folha da taioba para combater o mosquito da dengue.

“Para nós, é muito importante participar deste projeto, pois, ao mesmo tempo em quefazemos os experimentos, também promovemos uma conscientização sobre a doença”, diz Afonso.