Reitor da UFAL apresenta ações para o Campus Arapiraca

  • Redação
  • 14/09/2012 12:32
  • Cidade

Em reunião com diretores das 23 unidades acadêmicas e um representante da direção do Campus Arapiraca, professor Tiago Barros, o reitor Eurico Lôbo apresentou relatório das ações desenvolvidas pela gestão, junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para resolver o problema da falta de segurança na unidade do Agreste. O encontro realizado na quinta-feira (13) serviu para mostrar como a gestão está agindo para garantir o retorno às aulas com segurança.

O reitor fez o balanço de todas as ações realizadas até o momento na busca de resolver o problema da falta de segurança no campus, decorrente das fugas de reeducandos do Presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza e invasão às instalações do campus. “Todos estamos empenhados para buscar soluções e garantir o retorno das atividades no Campus Arapiraca, parado há 164 dias. Não defendo interesses individuais, nem interesses de grupos; defendo os interesses da minha instituição, a Universidade Federal de Alagoas”, falou aos diretores.

Ele considera importante a exposição para que os diretores tomem conhecimento sobre o que está sendo feito. “Não estamos de braços cruzados, estamos agindo e com objetivo comum que é a normalidade do campus, buscando alternativas concretas e legais para o retomarmos às atividades”, justificou o reitor.

Eurico apresentou a relação de mais de 40 intervenções diretas da gestão feitas junto ao Poder Executivo estadual, ao Judiciário, ao Legislativo estadual e federal e aos ministérios da Justiça e da Educação. “Só com o governador Teotonio Vilela Filho foram nove reuniões. Tudo isso para construirmos juntos as ações que serão implantadas no entorno do presídio e do Campus Arapiraca. Sempre apoiamos a direção do campus e fizemos questão que os dois gestores acompanhassem os encontros com o governo e com o Judiciário, que atuou como mediador da situação”, esclareceu.

Outro ponto ressaltado pelo reitor foi a garantia da transferência do presídio de Arapiraca para Craíbas, anunciada pelo governador, e que é a principal reivindicação da comunidade acadêmica. Ele também anunciou que a construção do muro que circunda o campus começou semana passada. Serão 180 metros de extensão por seis metros de altura. A obra está orçada em 800 mil reais, recursos liberados pelo MEC, em atendimento a solicitação de Eurico Lôbo. “Há dois meses, propus a construção desse muro, mas a direção do Campus Arapiraca não aceitou, alegando que isso poderia inviabilizar a transferência do presídio. Eu ponderei e decidi aguardar mais um pouco. Só que a situação está insustentável. Temos de ter bom senso e retornar às aulas porque a sociedade nos cobra isso a todo instante e com razão”, explicou.

A assinatura de termo de compromisso com o Governo do Estado também está sendo aguardada. Esse documento vai garantir o aumento do efetivo de agentes penitenciários, o reforço da segurança com agentes especiais do Grupo de Operações Penitenciárias (GAP), além de uma viatura 24 horas e a construção de nova cerca navalhada.

O termo também vai garantir a doação da área do atual presídio para a universidade, assim que os reeducandos sejam transferidos para a nova unidade de segurança máxima, que será construída em Craíbas. O reitor vai nomear comissão para fiscalizar o andamento das ações previstas no termo. Também será formado grupo que construir projeto para implantação de ações de ressocialização no presídio de Arapiraca e depois em Craíbas, nos moldes do que há em Maceió.