Adolescente que se jogou do oitavo andar de prédio e sobreviveu é de Arapiraca

  • Redação
  • 22/11/2011 05:44
  • Cidade

O estado de saúde de uma adolescente arapiraquense de 14 anos, que tentou se matar na noite da última sexta-feira (18), se jogando do oitavo andar de um prédio nas proximidades da Praça Lyons, no bairro Pajuçara, em Maceió, não é considerado grave e ela deve receber alta nos próximos dias. A identidade da menina não foi revelada.

Na última semana, a jovem, que sofre de Transtorno de Personalidade Borderline, uma doença rara, viajou com a mãe para Maceió, onde ficaria em seu apartamento. Após passar a manhã e tarde bem, teve uma crise durante a noite e enquanto amae dormia, subiu ao oitavo andar e se jogou da varanda.

A jovem caiu em cima de uma Ranger que estava estacionada no local. Apesar da altura, teve apenas uma fratura exposta na perna e algumas escoriações pelo corpo. No momento em que pulou, a jovem avisava a uma amiga o que estava fazendo.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encontrou a adolescente consciente, alegando apenas sentir várias dores. Ela foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece internada. Os exames realizados mostraram nenhuma sequela, além da perna fraturada, que deve passar por uma cirurgia para colocação de platina.

De acordo com testemunhas, a mãe da menina, que estava dormindo, só ficou sabendo da tentativa de suicídio após moradores do prédio arrombarem a porta do apartamento. Familiares da vítima também foram avisados e chegaram ao HGE na manhã do sábado.

Transtorno de Personalidade Borderline

Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis.

Seu comportamento impulsivo freqüentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante.

Aspectos essenciais

• Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la.
• Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente.
• Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem).
• Sentimento de raiva freqüente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais.
• Comportamento suicida ou auto-mutilante.
• Sentimentos persistentes de vazio e tédio.
• Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional.