Bancos param em Alagoas. Saiba o que deve ou não fazer

  • Redação
  • 27/09/2011 05:33
  • Cidade

Após assembleia, bancários de Alagoas decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir de hoje, 27. A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Febraban) foi de 8%, abaixo do que a categoria está reivindicando que é 12,8%.

A decisão atinge bancos públicos e privados do estado, e segundo o presidente do sindicato dos Bancários, Jairo França, além do reajuste de 12,8%, a categoria ainda exige que seja aplicada a Participação dos Lucros Realizados (PLR).

“Amanhã estaremos concentrados principalmente no Centro da cidade. Vamos levar piquetes para fechar todas as agências. A proposta que a Febraban ofereceu está abaixo do que queremos, além de ficarmos estacionados no tocante à melhoria das condições de trabalho”, afirmou França.

De acordo com Jairo, não há uma data para o retorno das atividades nas agências.

Veja abaixo os direitos e as atitudes que os clientes dos Bancos devem tomar em período de greve.

1) Canais alternativos

Quem precisar pagar uma conta e encontrar a agência fechada deve tentar fazer o pagamento por outros canais, como caixa eletrônico, internet, telefone e correspondentes bancários (além das lotéricas, alguns hipermercados oferecem o serviço);

2) Negociação com o fornecedor

O pagamento de mensalidades pode ser negociado diretamente com escolas ou operadoras de planos de saúde, por exemplo. O consumidor deve pedir uma prorrogação do prazo de vencimento ou outra forma de pagamento, como débito na conta. As empresas são obrigadas a oferecer outras opções;

3) Multas

O Idec informa que, como a greve não é uma situação gerada pelo consumidor, o atraso no pagamento não deve gerar penalidades para ele. Caso o pagamento não seja possível, a dívida não poderá ser cobrada com juros ou multa;

4) Provas

É interessante manter alguma prova da tentativa de pagamento, como uma foto tirada do celular mostrando que a agência estava fechada, para evitar a cobrança de multas ou juros. As próprias notícias publicadas pela imprensa informando sobre a greve podem servir como prova;

5) Protocolo de atendimento

O consumidor que entrou em contato com a empresa pedindo uma alternativa para pagamento deve anotar o dia e a hora desse contato, além de pedir o número de protocolo de atendimento. Essa é outra maneira de se evitar cobranças futuras, sugere o advogado do Idec Flávio Siqueira Júnior;

6) Procon e Juizados

Se o consumidor tentou pagar a conta, não conseguiu e ainda assim foi cobrado de multa ou juros pelo atraso, ele deve fazer o pagamento, para não ter o nome incluído em cadastros de proteção ao crédito. Depois, deverá registrar queixa no Procon ou nos Juizados Especiais Cíveis;

7) Financiamento imobiliário

A greve pode gerar atraso na análise e na aprovação de financiamentos de imóveis, e algumas certidões que o consumidor obteve em cartório e levou ao banco poderão vencer nesse período. Mas, segundo o advogado Alexandre Berthe, o banco é que terá de assumir a despesa, caso seja necessário tirar novas certidões;

8) Cuidado com a segurança

O consumidor que não tem o hábito de usar caixa eletrônico e quiser pagar alguma conta não deve pedir ajuda a estranhos. Como não haverá funcionário da agência para prestar ajuda, ele deve levar alguém para ajudar, se necessário. “Aumenta muito a quantidade de golpes nos períodos de greve”, diz o advogado Alexandre Berthe.