Nos últimos quinze dias, o presídio Desembargador Luiz de Oliveira de Souza viveu momentos marcantes na história da unidade. Tudo começou com a fuga do dia 04, quando onze reeducandos pularam o muro e invadiram a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde cerca de mil pessoas faziam o concurso do Ifal.

Na manhã do dia seguinte, o jovem Rafael Messias de Oliveira Melo, também fugiu do presídio, mas horas depois foi recapturado por policiais do Rocam. A segunda-feira, 05 de setembro, também foi dia da inspeção do Corregedor-Geral da Justiça, desembargador James Magalhães de Medeiros, que pediu interdição do local.

Já no dia 08, os vinte e dois presos da Unidade Prisional foram soltos. Em decisão do juiz da Vara de Execuções Penais de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa, os reeducandos passaram a cumprir regime semi aberto. A determinação aconteceu após o pedido do juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, em Arapiraca, Giovanni Jatubá.

Estudantes e funcionários da Ufal fizeram uma manifestação na última quinta-feira, 15, em frente ao Campus Arapiraca, que completava cinco anos. Os alunos bloquearam a rodovia AL-115. Vestidos com camisas pretas, os manifestantes queimaram galhos de árvores e levaram faixas e cartazes cobrando a retirada do presídio.

Em entrevista ao Minuto Arapiraca, autoridades pediram a saída do presídio daquela região:

“O presídio tem que sair. Antes não tinha tanta povoação, mas agora a área está completamente urbana, com loteamentos, condomínio. Um formando as melhores cabeças (referência a Ufal), enquanto no outro tem presos. Cada instituição tem que pensar na solução disso”, destacou o juiz Giovanni Jatubá.

“O certo seria o presídio sair daquela área para dar espaço ao crescimento da Universidade. É mais fácil encontrar outra área para o presídio. Vamos pedir ajuda a quem puder ajudar. E manter a sociedade mobilizada. Achamos importante a ampliação da infraestrutura para a Ufal”, afirmou o prefeito Luciano Barbosa (PMDB).