O promotor do Ministério Público, Alberto Tenório, entregou no início desta semana, o relatório com suas alegações finais sobre o caso dos sacerdotes acusados de pedofilia em Arapiraca. Nesta sexta-feira (02) inicia o prazo de três dias para que a assistência de acusação também apresente seu relatório.

Em entrevista a reportagem do Minuto Arapiraca, o promotor contou que pediu a condenação dos monsenhores Luiz Marques e Raimundo, e do padre Edilson Duarte, esse último citado como “réu confesso” por Alberto Tenório.

“São provas suficientes para condená-los. Existe um vídeo que prova o ato sexual, além de ter as próprias vítimas confirmando os atos durante a época em que eram menores. Uma testemunha chave contou que viu por diversas vezes os sacerdotes tocando nas partes intimas de adolescentes”, explicou.

No relatório consta o áudio da audiência da CPI da Pedofilia, realizada no Fórum de Arapiraca, e solicitado pela assistência de acusação. “O Padre Edilson é réu confesso. Dise que havia sido coagido, mas não houve isso. O áudio é mais uma prova acrescentada nos laudos”, completou.

Agora, o assistente de acusação, defensor André Chalub, tem três dias para as alegações finais. Logo depois, a defesa dos sacerdotes terá o prazo de 21 dias, sendo sete para cada acusado, para realizar sua argumentação. Só a partir daí, o juiz João Luiz de Azevedo Lessa terá também dez dias para anunciar a sentença, que segundo ele, será feita em uma coletiva com a imprensa.