Moradores do bairro Nova Esperança pedem melhorias no transporte coletivo

  • Redação
  • 30/08/2011 02:16
  • Cidade

Depender do sistema de transporte coletivo para se deslocar entre o bairro Nova Esperança e o centro da cidade de Arapiraca transformou-se numa batalha diária para milhares de trabalhadores. Eles denunciam que, atualmente, existem apenas dois ônibus servindo ao bairro durante os dias de semana. De segunda a sexta eles circulam até às 18 horas e nos sábados até o meio dia. Após esse horário, além dos domingos e feriados, nenhum ônibus circula na linha.

Revoltado com o descaso, o morador Giguimar Pereira criou um abaixo-assinado e vem colhendo assinaturas da comunidade. Segundo ele, o documento deverá ser entregue nos próximos dias ao superintendente da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Severino Lúcio, e à direção da Viação Real Arapiraca, responsável pela linha. “É um absurdo o que estão fazendo com a gente. Os ônibus, além de mal conservados, demoram cerca de uma hora para passar nos pontos. Muitas pessoas desistem de esperar e acabam fazendo o trajeto a pé ou de mototaxi”, lamentou Giguimar.

Na comunidade Nova Esperança funciona a Escola de Tempo Integral Zélia Barbosa. Professores, funcionários e estudantes daquela unidade escolar também reclamam da precariedade do transporte coletivo no bairro. Jadielson Nascimento Santos, que trabalha como porteiro da escola, disse que é obrigado a voltar para casa de mototaxi, pois quando sai do trabalho os ônibus já têm parado de circular. “Por conta da falta de ônibus, tenho que me arriscar sob duas rodas para voltar pra casa”, alegou.

A moradora Maria Cícera reclama que nos sábados a tarde e nos domingos fica impossibilitada de levar suas três crianças para passear, devido a falta de transporte coletivo. “Minhas crianças ficam pedindo para brincar no parque Ceci Cunha, mas como não tem ônibus circulando nos finais de semana, o passeio torna-se praticamente impossível, uma vez que não tenho como transportar três crianças numa motocicleta. Se optar em ir à pé existem dois problemas: a distância e o risco de ser assaltada na volta”, disse a moradora.