Dez dias após o fim dos depoimentos no julgamento mais aguardado da história de Arapiraca – dos sacerdotes acusados de pedofilia -, o áudio da audiência da CPI da Pedofilia, realizada no Fórum de Arapiraca, solicitado pela acusação, ainda não foi enviado pelo Senado.

A informação partiu do juiz João Luiz de Azevedo Lessa, titular da 1ª Vara Judiciária da Infância e Juventude e responsável pelo caso, em entrevista a reportagem do Minuto Arapiraca. Segundo o magistrado, na próxima segunda (15), caso o áudio não tenha sido enviado, ele solicitará um novo prazo de cinco dias, se a assistência de acusação insista em recolher o material.

Após esse prazo, o promotor de justiça, Alberto Tenório de Vieira, terá cinco dias para que realize sua argumentação, assim como o assistente de acusação, o defensor André Chalub, após mais sete dias. A defesa dos sacerdotes terá o prazo de 21 dias, sendo sete para cada acusado, para realizar sua argumentação.

Perguntado sobre o conteúdo dos depoimentos, João Luiz de Azevedo limitou-se a dizer que o processo corre em segredo de justiça e que por isso não poderia se pronunciar. O magistrado contou que os sacerdotes poderão pegar de quatro a dez anos de prisão por infringir o artigo 244-A do Estatuto da Criança e Adolescente.

“Só poderei falar depois que proferir a sentença. Caso sejam condenados, eles serão punidos por submeter criança ou adolescente à prostituição ou exploração sexual (artigo 244-A). Apesar disso, a sentença será única, mas as decisões podem ser diferentes”, explicou.