Menor contou que professora foi amarrada antes de ser queimada

  • Redação
  • 06/08/2011 00:10
  • Cidade
Arquivo Pessoal / Internet
Keroly e Claudenice
Keroly e Claudenice

O caso da professora morta durante incêndio na sua residência na Rua Manoel Leal, no bairro Cacimbas, em Arapiraca, ganhou mais um capitulo nesta sexta-feira (05). O Minuto Arapiraca teve acesso a exclusivas informações sobre o que aconteceu no final da noite da última terça-feira, 02 de agosto.

A morte de Claudenice Oliveira Pimentel, conhecida como Denia, chocou familiares e amigos. Vizinhos acusaram o cabo da Polícia Militar, José Cabral do Nascimento, 49 anos, esposo da vítima, de ter provocado o incêndio. No prédio funcionava a Escola Rosa Pimentel, anexo da Escola Municipal Crispiniano Ferreira de Brito.

A testemunha chave do caso é a menor Kerolly Oliveira Pimentel, filha da vítima fatal. Ela sobreviveu ao incêndio após ser ajudada por vizinhos e pelo Corpo de Bombeiros. A adolescente ficou internada desde a última terça na Unidade de Emergência do Agreste, mas segundo informações, Kerolly foi transferida para Maceió, já que a família teme que a mesma possa ser assassinada.

Apenas na última quinta-feira, Kerolly ficou sabendo da morte da mãe. O corpo da professora já havia sido enterrado na cidade de Jaramataia. A menor chegou à unidade hospitalar vomitando gasolina e com algumas queimaduras pelo corpo. O rosto está totalmente vermelho, devido o forte calor que enfrentou em meio ao fogaréu. A menor não corre risco de morte.

Uma amiga da família informou ao Minuto Arapiraca que a menor já contou alguns detalhes do fato. “Ela disse que a mãe foi amarrada antes de ser queimada e que estava no quarto dormindo quando ouviu barulhos, gritos e o cheiro de fumaça. Logo depois, o cabo da Polícia Militar, José Cabral do Nascimento, entrou no quarto e a tentou estrangular. Depois de lutar, o fogo s espalhou rápido e ela desmaiou”, revelou a fonte.

Investigações

O delegado Robério Ataíde explicou que durante o velório da professora Denia foi até o local e foi informado por vizinhos detalhes do fato. Ele contou que o acusado foi autuado e estará sendo vigiado pelo Batalhão da Polícia Militar após pedido ao comandante do 3° BPM.

“Já comunicamos ao Ministério Público e ao poder judiciário. Ele estará à disposição da justiça assim que sair da Unidade de Emergência, onde permanece internado. Esperamos em dez dias apurarmos o maior número de informações possível”, disse.

O depoimento da menor é considerado essencial para elucidação do caso. “A Kerolly saiu lesionada e vamos esperar ela melhorar para nos contar como aconteceu. Ela participou de tudo. No decorrer das investigações vamos levantar outros fatos. Vamos saber se o homicídio foi doloso ou culposo”, completou.

Leia também

Militar é acusado de provocar incêndio que matou professora