Servidores da Ufal realizam protesto e entram em conflito com a PM

  • Redação
  • 25/07/2011 17:16
  • Cidade
Maciel Rufino

Técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas, que estão em greve desde o mês de junho, realizam um protesto em frente à Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Arapiraca, cobrando do Governo Federal a manutenção dos direitos conquistados nas últimas paralisações. Eles aproveitaram a visita da presidente Dilma Roussef ao município para fazer as reivindicações.

Alguns servidores chegaram a entrar em conflito com a Polícia Militar, que recolheu vuvuzelas e pediu para que carros de som fossem desligados. Os técnicos reclamaram do fato de não terem tido acesso à presidente, que participa de encontro com os governadores do Nordeste, em auditório fechado na AABB.

“Representamos técnicos administrativos da Ufal, tanto do Campus Arapiraca quanto de Maceió, que estão em greve desde o dia 6 de junho. Também contamos com o apoio de representantes da UFPE e da UFSE. A greve é nacional e está sendo coordenada pela Fasubra, contando com a participação de 50 universidades. A negociação vem sendo feita com os Ministérios do Planejamento e da Educação, mas até agora não houve nenhum avanço porque querem que voltemos ao trabalho”, explicou Rodolfo Ferreira.

O técnico administrativo lamentou a ação policial para coibir a manifestação dos servidores em Arapiraca. “Houve uma confusão aqui quando os policiais começaram a recolher o material. Não tivemos acesso à presidente, sentimos que nosso direito a livre manifestação foi cerceado. Não queremos aumento e sim, a manutenção dos nossos direitos, como o Plano de Cargos e carreiras”, afirmou.

Privatização

Rodolfo Ferreira informou que os servidores também vêm se mobilizando para impedir a aprovação do Projeto de Lei 520/2010, que cria uma empresa pública para administrar os hospitais universitários em todo país. Ele explicou que a proposta estava parada no Senado, mas houve um pedido para que voltasse a tramitar em caráter de urgência no Congresso Nacional.

“Esse projeto privatiza os hospitais públicos, porque a empresa que vai administrá-los tem autonomia para contratar terceirizados por até dois anos. Com isso, não haveria mais concurso público. O projeto veio à tona no apagar das luzes do governo Lula, em 31 de dezembro de 2010”, lembrou Ferreira.