Direitos Humanos para além da nossa tirania

  • Redação
  • 05/06/2011 08:12
  • Cidade

Continuo sendo defensora dos Direitos Humanos! 

Não daquela versão que defende bandidos, como reza o senso comum.

Certamente esse jargão logrou êxito por não existir ação perceptível dos órgãos vinculados a esta proposta em atuação política efetiva, senão quando os motins ribombam nas prisões, e rostos conhecidos aparecem garantindo ibope e manutenção da referência, a justificar-lhes os cargos.

Direitos Humanos é para além dessa limitada representação.

A cooptação da proposta de defesa de direitos pelo Estado e instituições vicinais contaminando, viciando, acentua os efeitos da era da corrupção.

Em tempos como estes, acreditar no Estado equivale a queda por descuido em precipício sem fim.

Contudo, este mesmo Estado faz acontecer a história das coletividades com seus requintes e misérias expostas.

Como fingir que ele não existe? Como negar suas consequências?

Justas reflexões acentuam a busca por entendimento, para perceber o movimento acirrado nos rumos da impunidade e omissão por parte das instituições fiscalizadoras.

Em Alagoas, o conservadorismo aliado à força bruta, entranhando práticas antigas de indicações a cargos e negociatas, imobilizam tais órgãos.

Os desmandos, ingerências e até os equívocos cometidos por representantes do Estado passam incólumes sob as vistas dos poderes, da sociedade civil organizada e da população, com maioria analfabetizada.

Não há democracia sem garantias de direitos e cumprimentos de deveres.

Quando a tirania acampa na mentalidade gestora, os caminhos do suborno encobrem os discursos aleatórios e esparsos, tornados pura conveniência.

Não haverá outro ritmo senão o da subordinação aos ditames do poder?

Pergunto qual a serventia do tão bem composto Conselho Estadual de Segurança de Alagoas para a população, quando recebendo denúncias de desmandos e arbitrariedades de representantes do Estado contra cidadãos ilibados, nenhuma resposta oferece?

Estará sugerindo o silêncio e a acomodação com a injustiça?

Poderá o cidadão alagoano reagir a isso? Quem lhe dará voz?

Há um silêncio pesado sobre Alagoas neste momento.

Quem silenciou nossas distintas instituições?

O grito de dor das mães alagoanas ecoam aqui, ali e também lá!

Há servidores públicos ameaçados, perseguidos, expropriados em seus direitos de lutar.

Analfabetismo, morte e impunidade tornaram-se os novos lemas do atual governo alagoano, em consórcio com uma gama de defensores dos nossos direitos humanos, sociais e políticos, apenas no discurso.