A gestão compartilhada da Eletrobrás que substituiu Joaquim Brito na presidência da extinta Ceal, que estava ameaçada de ser extinta, voltou a ser fortalecida com a indicação do engenheiro Marcos Madeira, que vai presidir o holding das seis empresas federalizadas no Brasil em substituição ao engenheiro Pedro Hosken.

A nomeação de Madeira colocou um baldo d’água gelada na pretensão do eletricitário e presidente do PT estadual, Joaquim Brito, de retornar à diretoria da concessionária alagoana de energia elétrica com o aval do PT nacional. É que, mais uma vez, a presidente Dilma Rousseff decidiu na sua cota pessoal indicar o Marcos Madeira.

Madeira vai dirigir as empresas em Alagoas (ex-Ceal), no Piauí (ex-Cepisa), no Amazonas (Amazonas Energia), Roraima (Boa Vista Energia), no Acre (Eletroacre) e em Rondônia (Ceron).

Sem divulgar a noticia, Marcos Madeira esteve em Maceió na semana passada fazendo reunião com o corpo técnico da empresa. Um dos técnicos revelou, em off, que o novo presidente deixou a melhor das impressões a todos com quem conversou em durante sua visita.

O ex-presidente da extinta Ceal e presidente estadual do PT, Joaquim Brito, chegou a fazer várias viagens a Brasília e São Paulo tentando se fortalecer perante seus correligionários na esperando ser indicado para o cargo. Mas seus planos caem por terra com a sutil nomeação e chegada de Madeira a Maceió.

Ao que se sabe, Brito não tem uma boa imagem junto à presidente Dilma Rousseff devido à sua gestão de cinco anos como dirigentes da extinta Ceal, que não foi bem avaliada pela própria presidente, quando de sua passagem pelo Ministério das Minas e Energia, no governo Lula, antes de ser convocada para a Casa Civil.

Brito também não conta com a simpatia do ex-presidente Lula, que aqui não esteve para apoiar Ronaldo Lessa na disputa do governo exatamente porque o então inquilino do Planalto teve frustrado um de seus desejosos, que era indicar a ex-prefeita de Feliz Deserto, Rosiane Beltrão, como vice de Lessa. A recompensa a Rosiane saiu no início deste mês, com sua nomeação para o Cais do Porto, enquanto Joaquim Brito até o momento não sabe se terá vez no atual governo.