Sindicância para demoras na entrega de correspondências

  • Redação
  • 17/05/2011 09:06
  • Cidade
Gilca Cinara

“A situação no Estado foi normalizada”. A declaração é do interventor da Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas, Edvan Alves, que está em Maceió desde o início do mês, para resolver a crise vivida pela empresa no Estado, onde mais de 250 mil correspondências estavam ‘encalhadas’.

Durante a coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (17), Edvan Alves explicou que a entrega de correspondências foi normalizada nas cidades de Maceió e Arapiraca. Para isso, os Correios realizaram um mutirão contando com o apoio de funcionários de setores administrativos, deslocados para realização da triagem e distribuição das correspondências. Os trabalhos foram realizados nos finais de semana.

“Fizemos um trabalho interno para mostrar a todos a importância, credibilidade e responsabilidade dos Correios diante da sociedade. Nossa missão é deixar a Regional em pleno funcionamento para garantir o serviço à comunidade”, colocou o interventor.

De acordo com Edvan Alves, em Maceió, as entregas das correspondências foram dificultadas devido a grande quantidade de ruas com nomes iguais. “Além disso, era comum encontrar cartas sem o Código de Endereçamento Postal (CEP) e o número errado das residências”, explicou.

O interventor lembrou ainda que a prefeitura de Maceió já foi contactada e deverá fazer um cadastro das ruas, notificando moradores onde as numerações das casas estejam erradas para que isso ajude no trabalho da empresa na cidade.

Mas a atuação do interventor no Estado deve continuar. É que os Correios estão passando por uma sindicância para apurar denúncias de irregularidades no órgão, além da má prestação de serviços, como a falta de carteiros, retenção indevida de cartas e uma ainda mais grave, a informação de uma suposta incineração de correspondências que não foram entregues aos destinatários.

Cinco técnicos de outros Estados estão em Alagoas para elaborar um relatório que deverá ser concluído em 45 dias. Edvan Alves preferiu não citar nomes de supostos envolvidos nas irregularidades, mas segundo ele, após a conclusão, o documento deverá ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) que deverá adotar as providências legais sobre o assunto.