Destaque no futebol japonês, ex-ASA é tema de matéria no Globo.com

  • Redação
  • 07/09/2011 09:03
  • Esporte
Arabola
Fábio Lopes
Fábio Lopes

Um dos novos brasileiros que chegaram ao Japão nesta janela de transferências, Fábio Lopes adaptou-se rapidamente à vida e ao futebol da terra do sol nascente. O maranhense de 26 anos, que já defendeu Moto Club, Coritiba, Toledo-PR, Santa Rita-AL, Bragantino, CSA, ASA de Arapiraca, Daejeon Citizen (Coreia do Sul) e Icasa, já está se firmando como um dos titulares do Cerezo Osaka, time que conta com mais dois brasileiros: o volante Martinez (ex-Palmeiras e Cruzeiro) e o técnico Levir Culpi. Evangélico, Fábio não deixa de cultivar sua fé e agradecer a Deus por suas conquistas, além de almejar voos cada vez mais altos em sua carreira.

Fale um pouco sobre quem é o Fábio Lopes para o torcedor que ainda não o conhece bem.

Sou um cara super tranquilo em relação a todas as coisas e trago comigo princípios bíblicos que me ajudam nos momentos oportunos da minha vida. Tinha um temperamento muito difícil, mais hoje aprendi bem com as experiências da vida e do futebol também. Sou um cara que gosta de pensar rápido, fazer tabelas e agir sempre em velocidade. Tenho uma boa finalização tanto de longa, média, curta distância e aprendi a marcar um pouquinho (risos). Na minha opinião o meu ponto fraco é o meu biotipo, creio que posso melhorar mais e o Levir já tá no meu pé aqui (risos).

Você chegou agora ao Japão mas já havia jogado na Coreia do Sul. Conte como foi sua passagem pelo futebol coreano.

Foi tremendo. Uma experiência nova em relação a todas as coisas; comida diferente, estilo de jogo eletrizante como aqui no Japão… Enfim, aprendi muito e creio que foi uma base legal pra não sentir tanto o estilo de jogo aqui no Japão. Fiz 11 jogos e marquei 5 gols. Foi um aproveitamento muito bom na minha opinião. Foi um dos lugares que, tirando a comida que era pimenta pura, me senti mais feliz como atleta profissional. Fiz amizades que vão ficar sempre na minha vida e uma delas é o meu tradutor, Kim.

E qual foi sua primeira impressão ao chegar ao futebol japonês?

Foram as melhores. Um povo totalmente acolhedor, amigo, prestativo em tudo. Eles gostam de ajudar em todas as coisas. Tudo muito bem organizado. A correria já sabia como era, mas o que estranhei mesmo foi o calor. Nunca vi um lugar tão quente em minha vida, e isso que a maioria dos times que joguei foram do Nordeste (risos).

Sua estreia foi logo no clássico contra o Gamba, o maior rival do Cerezo. Como você se sentiu ao entrar ao campo?

Me senti feliz, realizado e grato a ao Senhor Jesus por me proporcionar algo tão fantástico. Quando chegamos no estadio já foi aquela coisa de arrepiar, a torcida montando um corredor pra nos cumprimentar e nos desejar boa sorte. E quando entrei foi super tranquilo, já são sete anos de carreira como atleta profissional e você acaba acostumando com esses jogos importantes. Sou uma cara que as coisas podem tender pro lado chato, mas eu não paro, não desisto nunca dos meu sonhos e objetivos. Fiz até um video sobre minha estreia que ficou muito legal:

O Levir Culpi vem te colocando pra jogar como a peça central na linha de três meias ofensivos do seu esquema 4-2-3-1. É assim que você costuma jogar ou tem outra posição que você acha que se dá melhor?

Tô aprendendo a jogar dessa forma aqui, até porque isso vai me ajudar lá na frente e é sempre bom você se tornar um cara versátil; assim acabo me tornando sempre últil pra equipe. Tô mais acostumado a jogar como um meia avançado mesmo ou um segundo atacante. O Levir é super inteligente e sua comissão é experiente, isso vai me ajudando no dia-a-dia.

Vocês (jogadores e comissão técnica) têm falado muito sobre a Liga dos Campeões da Ásia? Como está a preparação para as quartas de final? [O Cerezo vai jogar contra o Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul]

O Levir tem nos falado muito da importância desse jogo, sabemos que é uma competição diferente e queremos vencer. Joguei contra o Jeonbuk ano passado quando estava na Coreia e fiz meu primeiro gol contra eles, espero repetir e fazer uma grande partida.

Quais seus objetivos para este ano?
Continuar me destacando como já vinha acontecendo anteriormente no Icasa, retribuir a confiança que me foi dada e me empenhar ao máximo para junto com o grupo conquistar a Liga dos Campeões da Ásia.
E o que você planeja para o futuro na sua carreira?

São inúmeros os objetivos. Continuar a evoluir profissionalmente e obter reconhecimento do meu trabalho me levará a alcançar todos os meus objetivos profissionais, dentre eles, o sonho de chegar à Seleção. Está escrito na palavra de Deus que ele é capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos (Efésios 3:20).