Ricardo Teixeira, presidente da CBF, diz que "caga um monte" para denúncias da BBC

  • Clevânio Henrique
  • 07/07/2011 17:16
  • Esporte
Ricardo Teixeira

Em meio a um mar de denúncias de corrupção e suborno, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu “chutar o balde” em entrevista à revista Piauí, na edição este mês. Sem se preocupar com a repercussão de suas declarações, o dirigente ironizou as acusações com muitas expressões chulas para atacar seus “inimigos”. A TV estatal inglessa BBC o acusa de ter pedido suborno para votar na candidatura da Inglaterra à Copa de 2018.

Que p... as pessoas têm a ver com as contas da CBF? É entidade privada, não tem dinheiro público. Por que m... todo mundo enche o saco?", exclamou. "Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão", disparou, se referindo às ascusações que tem sofrido.

Há alguns meses ex-presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (The FA, na sigla em inglês), David Triesman, acusou o brasileiro de ter pedido propina em troca de apoio à Inglaterra no processo que acabou elegendo a Rússia como sede da competição, em audiência no Parlamento Britânico.

"Esse Triesman está tendo que explicar na Justiça como gastou 50 milhões de dólares, sendo 15 do governo, na candidatura da Inglaterra. É uma quantia absurda, não se explica”, acusou. “Nós gastamos 3 milhões de reais e levamos 2014. Eles não engolem isso, percebe?”, completou.

Além do ex-presidente da FA, a BBC fez denúncias contra Teixeira, no final do ano passado. Segundo a emissora britânica, o cartola recebeu pagamentos em uma conta secreta em Liechteinstein de US$ 9,5 milhões da empresa ISL entre agosto de 1992 e 28 de novembro de 1997. O dinheiro terio sido enviado em valores de US$ 250 mil cada, em 21 parcelas em uma empresa fantasma registrada num paraíso fiscal.