OAB vai acionar mineradora e Prefeitura de Craíbas após aparecimento de rachaduras
- Assessoria
- 17/03/2022 07:16
- Maceió
A Comissão de Meio Ambiente e Urbanismo da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) vai acionar a mineradora Vale Verde, a Prefeitura de Craíbas e a Defesa Civil após o aparecimento de rachaduras supostamente provocadas pela atividade de mineração na região Agreste. Integrantes do colegiado estiveram no município de Craíbas e ouviram relatos de moradores sobre problemas ambientais próximos à Mina Serrote.
Os moradores afirmam que, desde a instalação da empresa, eles têm sido afetados pelo barulho e pela poeira gerada pelas explosões que ocorrem na mina. As explosões, segundo os relatos, acontecem no período da madrugada e também estariam provocando rachaduras em imóveis residenciais, além de estar prejudicando a criação de animais e ocasionando prejuízos à saúde física e mental das pessoas que moram na região.
A população afirma que, no momento de instalação da mineradora, houve divulgação do planejamento de desapropriar e indenizar os proprietários das casas que estão a uma distância de até 600 metros do perímetro da mina. Porém, segundo os relatos, apenas a área onde está sendo feita a exploração teria sido desocupada.
A OAB Alagoas foi acionada depois dos últimos protestos organizados por moradores. Estiveram presentes no município o presidente da Comissão Meio Ambiente e Urbanismo, Gilvan Albuquerque, além das advogadas Lorena de Medeiros e Cristina Reis, membros da comissão. No local foram identificadas fissuras e rachaduras em diversos graus, algumas com aparente risco iminente de desabamento, conforme fotos e vídeos registrados.
“A comissão tem feito e vai continuar fazendo o trabalho de oficiar os órgãos ambientais competentes para saber informações sobre a regularidade da mineradora e o cumprimento das condicionantes ambientais. Também iremos acionar a Prefeitura e a Defesa Civil, para que se manifestem e nos informem se foram provocados e quais medidas estão sendo tomadas para a proteção da população” explicou o presidente da comissão, Gilvan Albuquerque.
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