Marcos Antonio Batista dos Santos, 30 anos de idade, morador da cidade de São Sebastião no Agreste de Alagoas, casado, pai de um menino de 3 anos, levava uma vida normal até um ano atrás quando descobriu que estava com leucemia linfoblástica aguda das células T, um tipo de câncer causado por um linfócito (tipo de célula de defesa do organismo) que sofre mutações na medula óssea por algum erro no DNA.

Marcos morava e trabalhava em Recife quando descobriu a doença, mas acabou voltando para a casa da mãe e onde também moram os tios e irmãos. Nesse período de mais ou menos um ano, Marcos foi submetido a um tratamento no Hospital Universitário (HU), em Maceió. Num primeiro momento, a doença regrediu, mas, recentemente, ela avançou novamente, mesmo com Marcos dando continuidade às sessões de quimioterapia no HU.

Marcos precisa de um transplante de medula óssea para poder ficar curado, e até uma doadora compatível ele encontrou na própria família. Lainy Gabrielle, irmã mais nova de Marcos, já fez os exames necessários para atestar o percentual de compatibilidades que chegou aos 100%, contou Lainy. 

Porém, para Marcos ser submetido ao transplante, o tumor precisa regredir, o que se torna ainda mais difícil com as sessões de quimioterapia que começam a afetar o organismo de Marcos causando outros problemas de saúde.

Por conta desta situação, os médicos que cuidam de Marcos informaram à família que a maneira mais eficaz de fazer reduzir o ritmo do avanço da doença no momento é através do uso de um medicamento que não é vendido no Brasil: o Nelarabine. O problema é que o medicamento custa muito caro e a família não tem condições financeiras de adquiri-lo. Para apenas um ciclo do tratamento o custo seria de R$145 mil. Como Marcos precisaria fazer uso do Nelarabine por seis ciclos, o custo total seria de R$870 mil.