Hospital de Emergência e a capacidade de se reinventar em tempos de Covid-19

  • Ascom HEA
  • 19/07/2021 09:09
  • Cidade

Em março do ano passado a normalidade mundial passou a ter novo significado. Para a rotina do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, não foi diferente. Até então, atendimentos por excelência se restringiam ao trauma, porém, mudanças chegaram e mostraram para o mundo como os profissionais conseguiram se reinventar, fazendo do HE do Agreste uma referência, também, em atendimentos a pacientes vítimas da Covid-19. A prova de que a unidade passou a ser especialista na assistência a pessoas acometidas pelo novo coronavírus está no total de assistidos. De maio do ano passado até a primeira quinzena de julho deste ano, foram mais de 1.600 usuários recuperados da Covid-19.

“Somos dois hospitais num só”. A afirmação é da fonoaudióloga Bárbara Albuquerque, gerente-geral do HEA, ao salientar esta capacidade que a unidade hospitalar tem de se readaptar e não perder qualidade nos serviços oferecidos à população. “Tínhamos uma rotina de atendimentos de trauma. Por causa da Covid-19, tivemos que nos redescobrir, buscar força na história do próprio HEA”, salienta.

Bárbara lembra como foi a abertura de leitos para atender pacientes da Covid-19. “A gente se apertou, mudou a estrutura, mas, abriu as portas para salvar mais vidas, porque este sempre foi o objetivo do HEA. Não foi fácil, porque era tudo muito novo, não havia muita informação, e, mesmo assim, encaramos a situação com uma equipe unida e disposta a seguir o caminho de ajudar os pacientes”, relata a gerente da unidade.

Ela lembra, ainda, que ampliar o sistema de acolhimento, sem reduzir a qualidade do atendimento de traumas também é uma vitória para todos. “Imagine você assumir uma responsabilidade como é tratar a Covid-19 e, ao mesmo tempo, com o hospital aberto, manter o nível de qualidade que ele já havia conquistado? O setor de trauma não reconhece isolamento social. Os números de pacientes dando entrada na ala de trauma continuaram altos. Mesmo assim, não houve prejuízo para a população”, comemora Bárbara Albuquerque.

Leitos Covid-19 – Além dos leitos já existentes para atender pacientes politraumatizados, o HEA conta com mais 100 vagas exclusivas para assistir pessoas com a Covid-19. Deste número, são 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 60 Clínicos, conforme dados da Central de Regulação de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Entre temores e dúvidas, as ações firmes e a união mantiveram o hospital nos eixos. Bárbara Albuquerque enaltece como os profissionais se comportam no dia a dia. “Em nenhum momento tivemos caos. Não é fácil gerenciar dois hospitais na mesma estrutura e, com tudo tão diferente entre si. A equipe estuda, cumpre tarefas e faz com que o ambiente onde trabalha seja salutar. Estamos dando conta. São dois hospitais num só, mas, quem trabalha aqui, tem a mesma linha de raciocínio: salvar vidas”, destaca a gerente do HEA.