Arapiraquenses vão às ruas neste sábado (29) protestar contra Bolsonaro

  • Redação
  • 28/05/2021 09:53
  • Política

As manifestações em favor da democracia e de uma política mais humanitária estão saindo do Facebook, Instagram e Twitter e, finalmente, invadindo as ruas e logradouros públicos neste maio de 2021.

Em todo o país, neste sábado (29), haverá inúmeros atos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) devido à sua ingerência no combate à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), tendo ele próprio recusado por 18 vezes a compra de insumos para a vacina já existente.

A gestão do próprio chefe nacional do Executivo está sendo investigada na chamada CPI da Pandemia — nome dado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está atualmente instaurada no Senado, colhendo depoimentos importantes de ministros, secretários e diretores de instituições de Saúde, entre outros.

E Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas, não ficará de fora desse momento. Haverá concentração na Praça Luís Pereira Lima (antiga Praça da Prefeitura), a partir das 9h. O protesto seguirá por diversas ruas do Centro.

 

Vale salientar que o movimento tem caráter popular, plural e é apoiado por diversas organizações, como a Unidade Popular (UP), que convocou e construiu o ato nacionalmente, usando o chamamento “Povo na Rua: #ForaBolsonaro”.

Além da UP, estarão unidos na manifestação a UJR, a UJC, o PCB, a Juventude do PT e a Torcida Antifascista do ASA.

“Há várias bandeiras por trás desse ato, mas a nossa maior é a da vida. Todas as pessoas que desejam um Brasil mais justo, humano, horizontal e com perspectiva de outras possibilidades de futuro é mais que bem-vindo para participar dessa manifestação”, diz um dos organizadores do ato local e militante da UP, que prefere manter seu nome em sigilo para não ter represálias.

O jovem de 18 anos é ligado ao movimento estudantil — a Unidade Popular de Arapiraca — e pontua que este protesto é em si democrático, onde todos podem ir com suas ideologias, desde que em favor da vida.

“O que estamos presenciando em nosso país é algo profundamente triste. Mas não podemos nos calar agora: 450 mil mortes por COVID-19, uma doença que já se tem vacina; o presidente zombando de nós fazendo motociata e aglomeração em plena pandemia; auxílio emergencial que não dá nem para comer; trabalhadores tendo que pegar ônibus lotado todos os dias para ir trabalhar, sem estarem devidamente vacinados; fechamento de universidades país adentro, por falta de verba; volta às aulas sem vacinação; desemprego subindo; inflação nas alturas; despejo na pandemia; projeto de lei que quer obrigar mulheres estupradas a manter a gestação; projeto de lei deixando a ‘boiada passar’ no que se refere ao licenciamento ambiental; a cada 4h, um negro morre violentamente; e a cada dia que se passa, especificamente nesse governo, os números de mortos por operações policiais só aumentam. Queremos virar essa página. Só nos resta escrever esse novo momento em nossa história de lutas. E a rua é o nosso papel pautado”, diz ele, que sonha em se formar em Direito quando as aulas em sua faculdade retornarem após esse período desafiador que todos estamos vivenciando.

 

COMO PROTESTAR NA PANDEMIA

Com relação à COVID-19, ele ressalta que todos os manifestantes estão sendo orientados a seguir todos os cuidados e protocolos no combate à doença. Confira abaixo algumas dicas para participar do ato em Arapiraca de maneira segura, neste sábado (29) a partir das 9h:

 

* Use máscara, de preferência a PFF2 ou N95;
* Use óculos de proteção ou face shield;
* Leve álcool gel 70% e use-o frequentemente;
* Procure não tocar a própria face;
* Vá em grupo (pessoas da mesma residência, por exemplo) e mantenha distância mínima de 1˜2 metros de outros grupos;
* Evite interagir com pessoas fora do seu grupo;
* Evite lugares mais cheios e fique longe de pessoas que não estão usando máscaras;
* Permaneça em movimento;
* Evite gritar — use cartazes e megafones;
* Se você teve contato recente com alguém com COVID-19, tiver sintomas ou morar com alguém do grupo de risco, fique em casa;
* Se você usar transporte público até o local da manifestação, siga todos os cuidados acima e evite horários de pico — chegue cedo e saia antes do fim do ato; e
* Monitore-se por 14 dias depois da manifestação e, a qualquer indício de COVID-19, se isole e faça o teste.