Feira da Agricultura Familiar e leilão marcam fim da Expo Bacia Leiteira

  • Redação
  • 03/10/2011 18:15
  • Negócios

A 34ª edição da Exposição Agropecuária da Bacia Leiteira foi encerrada nesse sábado (1º), no Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha, com atividades diferentes para um público diversificado. O último dia do evento contou com a visita do governador Teotonio Vilela, o vice-governador José Thomaz Nonô, o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, outros secretários de Estado, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos da região e lideranças do setor agropecuário.

No último dia da Exposição houve a Feira da Agricultura Familiar, com produtos oriundos de vários municípios, o 1º Leilão Ouro Batalha, a entrega dos certificados para os participantes do curso de inseminação artificial, o resultado do torneio leiteiro, e a entrega de animais pelo Programa Alagoas Mais Ovinos a agricultores de uma comunidade quilombola.

Na solenidade de abertura do leilão, já foi anunciada a data de abertura da 35ª edição da Expo Bacia Leiteira: será no dia 12 de setembro de 2012. O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato dos Produtores de Leite do Estado de Alagoas (Sindleite), André Ramalho.

Ele também destacou o peso do leite na economia da região e falou sobre a necessidade de mudança de classificação da febre aftosa. O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, enfatizou que via a Expo Bacia Leiteira com o mesmo esplendor dos anos 1970. “Fizemos aqui uma verdadeira retomada da Exposição”, destacou.

Curso – Com apoio da Seagri, ao longo da semana foi realizado mais um curso de inseminação artificial em bovinos para 15 participantes, sendo 10 agricultores familiares da região, dois veterinários e três zootecnistas.

“Assim, esses produtores podem melhorar o próprio rebanho, pois na inseminação artificial vão usar o sêmen de alto valor genético que foi repassado por meio do Programa Alagoas Mais Leite”, explicou o secretário Jorge Dantas.

Feira – Uma das atrações que mais chamaram a atenção do público no último dia da Exposição foi a Feira da Agricultura Familiar, composta por cerca de 30 feirantes de diversos municípios da região da Bacia Leiteira e do Agreste.

Entre os participantes, estava Renilda Oliveira Nascimento, da Associação dos Piscicultores de Pão de Açúcar, que levou produtos à base de filé de tilápia, peixe produzido em tanques-rede e tanques escavados. Bolinho de peixe, linguiça e lasanha estavam entre os pratos à base do filé. Ela disse que via na feira uma oportunidade para comercializar seus produtos e obter uma renda extra.

Também de Pão de Açúcar estavam Maria das Chagas Figueiredo e Francisca da Costa Santos, que são artesãs e produzem crochê. Elas fazem parte de uma associação formada por 12 mulheres que, em geral, vendem os produtos por encomenda. “Essa é nossa primeira feira”, disse dona Francisca, com ânimo.

Tanto o grupo de artesãs quanto o grupo de produtores de filé de tilápia recebem o acompanhamento dos extensionistas da Seagri Wellington Elias, que é zootecnista, e da assistente social Lenilda Ferreira dos Santos.

Produção de doces chama atenção do governador – Durante a visita que fez à Feira da Agricultura Familiar, o governador Teotonio Vilela parou na barraca das doceiras da comunidade Baixa do Capim, de Arapiraca. Ele conversou com as agricultoras Quitéria de Oliveira Barbosa e Marinês do Nascimento, que produzem 11 tipos diferentes de doces, a maioria deles à base de frutas da estação.

Segundo a assistente social Janaína Amorim, da Seagri, a Associação da Comunidade Baixa do Capim é formada por cinco doceiras, que vendem parte da produção ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), outra parte para restaurantes, mantêm uma barraca na Prefeitura de Arapiraca e participam com freqüência de Feiras da Agricultura Familiar.

O grupo de doceiras participou de um Diagnóstico Rural Participativo (DRP), que teve como objetivo levantar necessidades, identificar potencialidades e traçar estratégias de melhoria e crescimento do negócio.

De acordo com a assistente social Janaína Amorim, que acompanhou o grupo durante a elaboração do DRP, a etapa seguinte será a resolução dos problemas identificados. “O trabalho para elaboração do diagnóstico levou cerca de seis meses e foi baseado na Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. A meta principal é ajudar o grupo na autogestão do negócio”, destacou ela.