A Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Educação, firmou parceria com a direção do campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para realização de projeto voltado para identificar marcas genéticas que apontem talentos de jovens em modalidades esportivas.

De acordo com o professor Luís Carlos Barbosa Silva, técnico da Secretária Municipal de Educação e membro do Laboratório de Cineantropometria, Atividade Física e Promoção da Saúde (LACAPS/Curso de Educação Física do Campus da Ufal em Arapiraca, um grupo viajou com professores e acadêmicos da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) até São Paulo, a fim de desenvolver uma pesquisa científica que envolve a Ufal, Unoesc e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O trabalho aborda a relação entre a dermatoglifia e os genes ACNT3 e ECA em atletas. Os estudos estão sob a coordenação do professor-doutor Rudy José Nodari Júnior (Unoesc); professor-doutor Arnaldo Tenório da Cunha Júnior (Ufal/Arapiraca) e a professora-doutora Marília Papa (Unifesp).

Luís Carlos Barbosa revelou que todo o trabalho de coleta das impressões digitais de aproximadamente 400 jovens, entre atletas, ex-atletas, crianças e adolescentes que treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), implica em quatro mil impressões digitais a serem analisadas.

A coleta foi realizada com utilização do Sistema Informatizado do Método Dermatoglífico para Análise da Impressão Digital como Marca Genética, também chamado de Leitor Dermatoglífico, desenvolvido e patenteado pelo professor-doutor Rudy Nodari.

Na oportunidade também foram feitas coletas da saliva dos indivíduos que treinam no COTP, pois o objetivo da pesquisa é correlacionar o padrão dermatoglífico e a manifestação dos genes ACNT3 e ECA em atletas.

A equipe formada pelos professores e acadêmicos realizou também coleta de dados no 30º Trófeu Brasil de Atletismo, que aconteceu no período de 3 a 7 de agosto no Estádio do Ibirapuera.

Grandes nomes do atletismo brasileiro foram avaliados, a exemplo dos atletas Vicente Lenílson, Marílson Gomes da Costa, Wanderlei Cordeiro de Lima, Mateus Inocêncio, como também os ex-atletas Joaquim Cruz, André Domingos, entre outros.

O representante da Secretaria Municipal de Educação disse que, na concepção do professor, o método da dermatoglifia pode ajudar na descoberta de novos talentos, com o intuito de formar equipes competitivas nas mais diversas modalidades.

O professor ainda acrescentou que, no âmbito da saúde, a dermatoglifia já está sendo utilizada nos prognósticos de saúde, visto que pesquisas estão sendo desenvolvidas em Santa Catarina com indivíduos com algum tipo de patologia, a exemplo do Mal de Alzheimer e cardiopatias.