Deram credibilidade a um negociador de armas, diz esposa de militar

  • Redação
  • 02/08/2011 07:09
  • Interior
Divulgação - Arquivo
Armas
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Em entrevista a um programa de rádio, em Arapiraca, Léa Cunha, esposa do policial José Williams Pedro da Silva, condenado a 11 anos de prisão, após acusação de ter participado do desaparecimento das armas do Fórum da cidade, afirmou que o marido é inocente e acusou a justiça de dar credibilidade a um negociador de armas.

“Meu marido nunca teve uma punição administrativa, nunca chegou atrasadmo. Nada disso foi visto durante a instrução. Todos os depoimentos de pessoas que trabalha no fórum disseram que os policiais não tinham acesso ao fórum. As pessoas que tinham acesso eram os próprios juízes e escrivães”, disse.

De acordo com Léa Cunha, o boletim de férias que consta nos autos do processo foi ignorado pela da juíza titular da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Eliana Acioly. Léa Cunha disse ainda que a magistrada fez confusão de nomes, já que no Fórum existe outro José Williams, que esse estava trabalhando durante o sumiço das armas.

“A sentença foi errada. Ele está sendo acusado de forma injusta. Mais um inocente que é preso. O judiciário teve pressa enorme. Em quatro meses meu marido foi julgado e condenado. Nenhum momento foi quebrado sigilo telefônico. A justiça quer mostrar resposta à sociedade”, desabafou.

“O José Williams que estava trabalhando era outro. Deram credibilidade a um negociador de armas. Inviável uma pessoa sair de dentro do fórum com 150 armas sem ninguém saber ou ver”, completou.

A esposa de José Williams Pedro da Silva contou também que dois pedidos de Habeas Corpus foram negados. “Vamos recorrer. Entrar recurso no supremo. Nosso advogado disse que está acontecendo um jogo político já que nada que colocamos serve”, concluiu.,