Militares faltam a serviço e funcionamento do aeroporto fica ameaçado

  • Redação
  • 11/05/2011 08:38
  • Polícia

Problema foi contornado pelo Comando do Corpo de Bombeiros que remanejou viaturas e militares para o local
por Anna Cláudia Almeida e Jonathas Maresia

O desaquartelamento dos Policiais Militares, em Alagoas, que deverá ocorrer pelo período de 48 horas, já começa a mexer com o funcionamento de vários órgãos que necessitam do apoio do Estado.

Os efeitos da paralisação foram sentidos na manhã desta quarta-feira (11), no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Chegadas e partidas de aeronaves na capital foram ameaçadas de cancelamento.

Isto porque os militares do Corpo de Bombeiros, que deveriam estar a postos para trabalhar em casos de acidentes no local não compareceram ao serviço. Uma resolução internacional estabelece que os vôos só podem acontecer com profissionais dos bombeiros nos aeroportos.

A informação foi confirmada por vários oficiais da corporação. “O Governador tem que entender que chegou a hora de conversar e mostrar disposição em trabalhar com os militares, não estamos pedido nada de mais, apenas o que ficou acordado em uma reunião com o governador e a na Constituição Brasileira”, salientou um militar do Corpo de Bombeiro, que preferiu não ter o nome revelado.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros, Luiz Antônio, em entrevista ao Portal CadaMinuto, relatou que outros homens da polícia militar já foram deslocados para substituir os faltosos. Moradores da região do Tabuleiro dos Martins, parte alta de Maceió, estão sem a protenção da guarnição de combate a incêncio, que foram remanejados para o aeroporto.

Ele afirmou ainda que os procedimentos militares serão respeitados dando a oportunidade de defesa dos servidores. “Além dos homens, já colocamos outras viaturas à disposição do aeroporto. A situação será normalizada em pouco tempo”.

Conforme apurou o Cadaminuto,o funcionamente normal do aeroporto conta com 12 a 15 militares. Mas nesta manhã, apenas militares estão garantindo a segurança nas aeronave. A assessoria da Secretaria de Defesa Social, reiterou que o regimento dos militares será respeitado.

Em assembleia geral realizada na terça-feira, 09, a categoria decidiu engrossar as mobilizações e por unanimidade de votos, aderiram o desaquartelamento, onde os militares não se apresentam aos quartéis para tirar o serviço por 48 horas.

A categoria reivindica o pagamento dos 7% pendentes do acordo com o Governo anterior e as correções das datas bases.

Na sexta-feira, 13, a partir das 15h, os policiais e bombeiros voltam a se reunir na Praça Marechal Deodoro, no Centro para fazer um balanço do desaquartelamento.

O amistoso realizado no Estádio Rei Pelé, no sábado, 14, entre a seleção brasileira de futebol feminino e a equipe do Chile também pode estar ameaçado. O fato é que os servidores públicos pretendem realizar uma grande manifestação em frente ao estádio. O intuito é chamar a atenção da população para o descaso do Governo.