A defesa do ex-governador Ronaldo Lessa adiantou ao Cadaminuto que na próxima semana irá se posicionar acerca da sentença proferida em favor do juiz Celyrio Adamastor, por calúnia e difamação. De acordo com a condenação, Lessa teria que passar os fins de semana recolhido na Casa de Custódia de Maceió.

Por ser ex-governador do Estado ele tem direito a acomodações especiais que a Casa de Custódia e nenhum dos presídios alagoanos têm. Notícias veiculadas na imprensa apontaram que a decisão, proferida pelo juiz da Primeira Vara Federal, Guilherme Hirata deixou de ser cumprida por falta de reforma na Casa de Custódia.

“São notícias sensacionalistas, mas estamos analisando os documentos e nos próximos dias haverá um posicionamento. O ex-governador não teria que cumprir imediatamente a sentença, pois falta a expedição do trânsito em julgado e a análise do juiz da Vara de Execuções penais”, destacou um dos advogados de Lessa.

Caso

A decisão do juiz Guilherme Hirata foi publicada no Diário Oficial do Estado e já transitou em julgado, estando em processo de execução. A apresentação de recurso foi encerrada em 19 de janeiro deste ano e os advogados de Lessa teriam perdido o prazo para apresentar a defesa.

De acordo com a decisão o ex-governador teria que cumprir um ano e quatro meses de prisão, pena que poderá ser revertida em serviços comunitários, mas terá que ficar recluso nos finais de semana na Casa de Custódia. Além disso, o pedetista terá que desembolsar R$ 50 mil para pagamento de indenização ao juiz Celurio Adamastor.

O processo movido contra Ronaldo Lessa ocorreu após o ex-governador ter acusado o magistrado de ‘ladrão e corrupto’, em 2005. Na época, o juiz era titular da 1ª Zona eleitoral e determinou a cassação do vereador Paulo Corintho, em 31 de dezembro de 2004, pelo crime de compra de votos durante as eleições