Sentimento é de justiça, diz brasileiro sobrevivente do 11 de setembro

  • Redação
  • 02/05/2011 12:07
  • Brasil/Mundo

A noite do dia 1º de maio era para ser só mais um fim de domingo para o engenheiro carioca André Kamikawa, de 40 anos. Sobrevivente dos ataques de 11 de setembro de 2001, quando trabalhava no World Trade Center, ele estava vendo TV quando a notícia da morte de Osama Bin Laden lhe trouxe de volta as lembranças da época.

“Fiquei surpreso. Essa busca durou mais dez anos. A notícia traz um sentimento de justiça sendo feita e gostaria muito de ver isso também em relação às coisas do Brasil”, diz ele, que voltou ao Brasil um ano depois dos atentados e hoje vive em São Paulo. Mas o trauma não foi suficiente para afastá-lo de Nova York e, nesse período, já retornou à cidade várias vezes.

“O primeiro ano foi o mais difícil. Depois a relação com isso muda. Agora fica um pouco de receio que aconteçam outros (atentados) por causa de retaliação, mas não dá para parar a vida para ficar lembrando disso“, resume.

A morte de Bin Laden
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2) a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista - que tinha entre 53 e 54 anos- na semana passada.

A operação, sigilosa, foi executada por um comando especializado da Marinha dos EUA. Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden em uma fortaleza na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital paquistanesa.

Houve troca de tiros durante a ação, mas, segundo Obama, nenhum militar americano ficou ferido na operação e cuidados foram tomados para que nenhum civil fosse ferido. Quatro helicópteros teriam sido usados na operação. A mansão fortificada ficou em chamas após o atentado.