O governo do Estado, por meio da direção da Policia Civil resolveu apertar o cerco contra os dirigentes do Sindpol – Sindicato dos Policiais Civis e em uma atitude inédita determinou a abertura de processo administrativo contra os diretores da entidade, que pode resultar na expulsão deles dos quadros da instituição.

Ainda em nota durante o dia de ontem a direção da Policia Civil explicou que a greve deflagrada era ilegal, decisão que foi tomada respaldada em parecer emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, através da desembargadora Nelma Padilha. A nota deixava claro a atitude que seria tomada hoje (quarta-feira)no Diário oficial.

“Quanto à “Operação Padrão”, movimento criado pelo Sindpol, a DGPC possui um despacho da Procuradoria Geral do Estado informando que esta prática também se configura como elemento descumpridor das obrigações do servidor público, sob pena de desconto dos dias parados e abertura de processo administrativo disciplinar.

Diante do exposto, a direção da PC explica que contra toda e qualquer ação ilegal praticada por policiais civis serão tomadas as medidas administrativas cabíveis, dentro dos princípios da legalidade. Ela destaca ainda que o diálogo com a categoria continua aberto, no entanto, o policial que se omitir em cumprir seu dever deve estar ciente que assumirá as consequências jurídicas de seus atos.”

As declarações ontem dadas pelo presidente do Sindpol, Carlos Jorge de que nem os 30% , índice previsto em lei como o mínimo de comparecimento de trabalhadores durante a greve, seriam respeitados, foram gravadas.

O Tribunal de Justiça deve ainda se manifestar sobre outra declaração, feita durante a reunião do recém-criado Movimento Unificado dos Trabalhadores da Segurança Pública na qual seus dirigentes afirmaram que o TJ já tem um procedimento padrão que aponta a ilegalidade de qualquer greve no setor e que por isto suas decisões não seriam respeitadas.

Durante o dia de ontem o Cadaminuto flagrou traficantes serem liberados, boletins de ocorrência que deixaram de ser feitos e delegacias do interior do Estado fechadas. A estratégia hoje é que delegados e policiais que pertencem à direção administrativa da Polícia Civil substituam os policiais que se recusem a trabalhar.