Manso assume presidência e diz que caso Tobias Granja foi o mais difícil da carreira

  • Redação
  • 26/04/2011 05:40
  • Cidade

O desembargador Orlando Manso tomou posse no final da tarde de hoje como presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. Em seu discurso o magistrado surpreendeu ao fazer uma análise de sua vida.

Manso lembrou o conselho de seu pai, de que deveria fazer carreira em seu próprio Estado e foi isto que segundo ele, o motivou a prestar concurso público para juiz em 1967.

O desembargador lembrou de seus primeiros anos como juiz no interior, recordando dois casos específicos: o assassinato do juiz de Direito, Gabriel de Freitas Soares e o homicídio do jornalista e advogado Tobias Granja.

Sobre este segundo caso, Orlando Manso confidenciou que foi o mais difícil que já enfrentou em sua carreira, pois segundo ele, os acusados do crime faziam parte da estrutura do Estado.

“No dia 13.10.1987 fui promovido para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas. De início, exerci o cargo de Vice-Presidente do Tribunal de Justiça. Em 1992 exerci o cargo de corregedor-geral de Justiça Substituto, para terminar o biênio do meu antecessor, oportunidade em que em menos de dois (02) meses no cargo realizei correições em todas as Comarcas de Alagoas. Todas sem exceção” disse ele.

Orlando lembrou ainda de sua atuação como corregedor-geral de Justiça, onde presidiu o famoso “CASO BRANCA”, que envolveu a transferência ilegal, para Alagoas, de uma traficante ligada à máfia colombiana.

Manso lembrou de quando assumiu a presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas e saudou todos os outros integrantes do Tribunal e no final de seu longo discurso explanou:

“À Sociedade alagoana assumo o compromisso de fazer as eleições de 2012 já com urnas biométricas em todo o Estado, se obtiver o necessário apoio do TSE. Aos Servidores desta Casa assumo o compromisso de iniciar a construção de uma nova sede, sem medir esforços para concluí-la, ou aquisição de um prédio que a comporte, em virtude de que a nossa está defasada, pois não mais suporta a demanda exigida nos dias atuais.

Dirijo-me novamente aos Servidores da Justiça Eleitoral para afirmar que os Senhores terão um Presidente voltado para analisar, resolver e solucionar as causas administrativas em prol do Servidor, sempre embasado na legislação pertinente. Os Senhores terão um Presidente voltado exclusivamente para o soerguimento, cada vez mais, da Justiça Eleitoral em nosso estado. Conto com o apoio de todos que fazem a Justiça Eleitoral do Estado de Alagoas” finalizou ele.